Banca de DEFESA: Bruna Stéfanni Soares de Araújo

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Bruna Stéfanni Soares de Araújo
DATA : 19/12/2022
HORA: 16:00
LOCAL: https://meet.google.com/eps-vqre-ckj
TÍTULO:

"Ser Família não é Crime!: lutas de familiares de pessoas privadas de liberdade como produção do conhecimento jurídico".


PALAVRAS-CHAVES:

Familiares de pessoas privadas de liberdade; Epistemologias jurídicas; Sistema de Justiça Criminal; Famílias negras; Pandemia; Abolicionismo penal


PÁGINAS: 300
RESUMO:

O presente trabalho discute “como a organização coletiva de familiares de pessoas privadas de liberdade, no seio do movimento Agenda Nacional pelo Desencarceramento, tem promovido a produção de conhecimentos
jurídicos, controle social e transformações junto ao Sistema de Justiça Criminal brasileiro?”. Assim, os dados foram colhidos e dialogados por meio de abordagem qualitativa com pesquisa participante de inspiração etnográfica virtual, análise de discurso digital e entrevistas de profundidade com as articuladoras do
movimento Agenda Nacional pelo Desencarceramento, durante os anos de 2020 a 2022, período atravessado pela pandemia de Covid-19. Através dessas informações, buscamos compreender como as práticas  e discursos realizados por tais movimentos consistem em produção de conhecimento jurídico ainda que enfrentando lógicas epistemicidas (CARNEIRO, 2006) e de injustiça epistêmica (FRICKER, 2007). Também, como a noção de família se eleva, e é disputada nesses tensionamentos e reivindicações por reconhecimento político e
jurídico perante o Estado, no que destacamos a noção de famílias negras, como conceito analítico, num diálogo com a epistemologia negra feminista (GONZÁLES, 2020; COLLINS, 2019; HARTMAN, 2022; CARNEIRO, 2003; SOUSA, 2021) como abordagem para realizar a interpretação dos impactos ampliados e coletivos do exercício do poder punitivo no Brasil regido pelo genocídio e violência racial (FLAUZINA, 2006; VARGAS, 2010; ROCHA, 2014; WERNECK, 2017) denunciados pelas interlocutoras da pesquisa. Discutimos o enfrentamento ao autoritarismo (BATISTA, 2001) do Sistema de Justiça Criminal a partir do exercício de controle social praticado pelas interlocutoras da pesquisa, suas contribuições epistêmicas no combate e prevenção à tortura no cárcere, e por atuarem enquanto agentes pelo desencarceramento e intelectuais no campo do abolicionismo penal (DAVIS, 2018; MATHIESEN, 2015; HULSMAN, 1989; STEINERT, 1989), na proposição de horizontes de Justiça social, numa perspectiva antirracista. Assim, nesta pesquisa atravessamos diversos eventos pré-pandêmicos e pandêmicos, episódios e campanhas realizadas pelo movimento AgendaNacional pelo Desencarceramento, a partir de práticas situadas nos nomes, rostos e vozes desuasarticuladoras como diálogos insurgentes e produtores de memória jurídica.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - NATÁLIA BOUÇAS DO LAGO - UNICAMP
Externa à Instituição - ALINE PASSOS DE JESUS SANTANA - UNIT
Presidente - 1952365 - CAMILA CARDOSO DE MELLO PRANDO
Interno - 1863338 - EVANDRO CHARLES PIZA DUARTE
Externo à Instituição - RODRIGO PORTELA GOMES - IDP
Notícia cadastrada em: 01/12/2022 09:30
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