Banca de DEFESA: Bárbara Guilherme Lopes

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Bárbara Guilherme Lopes
DATA : 28/07/2023
HORA: 10:00
LOCAL: https://teams.microsoft.com/l/meetupjoin/19%3ameeting_ZWM1NTM0YzMtOTY2Yi00YTFjLWEyNDAtY2EzMDk2YjA2M
TÍTULO:

"NARRADORES NÃO CONFIÁVEIS: O DISCURSO DO EXÉRCITO BRASILEIRO SOBRE MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA ENCONTRADO NOS RELATÓRIOS PERIÓDICOS MENSAIS (RPMS) ENTRE 1989 E 1991".


PALAVRAS-CHAVES:

Justiça de Transição. Memória. Ditadura Civil-Militar. Orvil.


PÁGINAS: 109
RESUMO:

Esta pesquisa remete a uma disputa narrativa histórica: o discurso sobre a ditadura civilmilitar no Brasil. De um lado, o lançamento do livro Brasil: Nunca Mais, em 1985, que denuncia as violações aos direitos humanos durante a ditadura e, como resposta, o Projeto Orvil, encabeçado pelo Centro de Informações do Exército (CIE), com a intenção de contar a versão dos militares da história. O Orvil não foi autorizado para publicação, mas continuou a circular nas Forças Armadas como narrativa de variadas formas. Em 2021, foram divulgados os Relatórios Periódicos Mensais (RPMs), informativos elaborados pelo CIE pelo menos de 1989 a 1991, que perpetua o discurso do Orvil como política no sistema de informações do Exército para doutrinação de militares. Damos a isso o nome de discurso Orviliano e questionamos: qual o discurso do Exército sobre memória, verdade e justiça da ditadura civilmilitar? Para isso, partimos da hipótese de que há um discurso Orviliano sobre memória, verdade e justiça no Exército Brasileiro que obstaculiza a justiça de transição. É proposta uma análise de discurso, de acordo com Orlandi (2000), nos Relatórios Periódicos Mensais, que são capazes de fornecer uma delimitação temporal que representa a redemocratização, em um período pós promulgação da Constituição Federal de 1988. Dessa forma, codificamos os textos presentes nos Relatórios através da análise de conteúdo categorial, elaborado a partir da revisão de literatura sobre o pensamento político dos militares, que demonstra a centralidade da Doutrina de Segurança Nacional como fundamento. Foi possível compreender que o discurso dos RPMs traz os elementos argumentativos fundamentais do Orvil, sendo assim, foi caracterizado como um discurso Orviliano sobre memória, verdade e justiça. Sendo estes os pilares da justiça de transição, um discurso atravessado sobre a ditadura civil-militar, que apresenta uma narrativa que inverte heróis e vilões, criando inimigos, é um entrave para sua concretização. A tarefa da justiça de transição, portanto, é trabalhar os usos políticos do passado no presente a fim de se posicionar sobre a memória a ser construída.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUCAS PEDRETTI LIMA - UERGS
Presidente - 1728968 - ENEA DE STUTZ E ALMEIDA
Interno - ***.173.968-** - JOSE GERALDO DE SOUSA JUNIOR - null
Externo ao Programa - 1600694 - RODRIGO LENTZ - null
Notícia cadastrada em: 18/07/2023 08:57
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