Banca de DEFESA: Diego Pereira

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Diego Pereira
DATA : 04/03/2024
HORA: 17:00
LOCAL: SALA DE VIDEOCONFERÊNCIA - FACULDADE DE DIREITO - UnB
TÍTULO:

CLIMATE JUSTICE AND THE FIGHT FOR THE INCLUSION OF RIGHTS: an analysis of the applicability of climate justice to public policies to combat disasters in Brazil.


PALAVRAS-CHAVES:

Justiça climática. Luta por direitos. Desastres. Riscos. Vulnerabilidade. Políticas públicas. Garantia de direitos


PÁGINAS: 130
RESUMO:

A emergência climática passa a ser o estado incontornável vivenciado por uma modernidade originada no risco criado, nas desigualdades das mais diversas ordens e no acentuamento das vulnerabilidades de determinados grupos de pessoas a partir da questão climática/ambiental. Desse modo, ser uma pessoa preta; mulher; criança; amazônida; morador(a) de morros, favelas e encostas; ser quilombola ou pertencer aos povos originários; ser habitante do sul Global passaram a ser características decisivas no que diz respeito ao alargamento das violências sobre os direitos mínimos advindos das questões climáticas. Nesse contexto, os desastres climáticos/ambientais – o resultado mais evidente do meio ambiente desequilibrado – têm servido, ou deveriam servir, de recorte para a implementação de políticas públicas capazes de diminuir as iniquidades, às quais os grupos mais vulnerabilizados estão expostos, e garantir a todos o gozo mínimo de direitos como moradia, saúde, transporte de qualidade, acesso ao pleno emprego, à água potável e ao direito de respirar um ar limpo. Essa defesa encontra abrigo no movimento equidade denominada de justiça climática. Sob esta perspectiva, apontar, analisar e orientar de que forma as políticas públicas dos desastres podem garantir, por meio da luta por direitos, uma justiça climática de combate às vulnerabilidades das mais diversas ordens se torna o objetivo principal desta tese de doutoramento. Desse, desdobram-se outros objetivos específicos, a saber: a) identificar os marcadores de desigualdade que resultam em injustiças climáticas no Brasil; b) identificar as principais causas e consequências dos desastres ambientais; c) compreender a justiça climática no campo do reconhecimento da luta pela sobrevivência de grupos vulnerabilizados; d) analisar o conceito de vulnerabilidade cabível aos fins desta tese; e) compreender por que o planeta vive uma emergência climática; f) propor políticas públicas inovadoras para enfrentar desastres ambientais; g) apresentar o conceito de justiça climática, que deve subsidiar as políticas públicas de desastres, conceito este ainda apresentado em linguagem matemática. Diante do problema e objetivos colocados, na introdução foi reservado um espaço para abordagem de questões metodológicas e de definições referentes à pesquisa propriamente dita. Já o caminho metodológico percorrido nesta tese consiste em fazer uso do método dedutivo, a partir da análise acerca do uso da justiça climática como procedimento e/ou conteúdo na reivindicação de direitos na seara ambiental/climática. O desenvolvimento da pesquisa dividiu-se em dois momentos. No primeiro, descreveu-se o movimento da justiça climática desde sua ocorrência até a dimensão de equidade que tem atualmente, sem deixar de pontuar a luta pela sobrevivência de grupos vulnerabilizados também como uma forma de pedir justiça. No segundo, pautou-se sobre o conceito e outras questões pertinentes aos desastres ambientais e às políticas públicas de combate. Diante do trajeto percorrido ao longo desta escrita, aflora-se a percepção de que esta pesquisa pode se constituir como um caminho para a redução de riscos dos desastres e para a proteção de pessoas vulnerabilizadas nesse contexto. Com isso, chega-se à defesa incansável pela implementação de políticas públicas de combate aos desastres, assegurada a aplicabilidade da justiça climática como proporção sempre presente na prevenção e nas respostas aos desastres. Assim, finalmente, na conclusão, propõe-se uma ferramenta de mapeamento para dimensionar a aplicabilidade da justiça climática em políticas públicas de desastres a partir de critérios objetivos e subjetivos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO GAETANI - FGV
Interna - 1977750 - CARINA COSTA DE OLIVEIRA
Interna - 2720249 - GABRIELA GARCIA BATISTA LIMA MORAES
Presidente - 1905321 - GUILHERME SCOTTI RODRIGUES
Externa à Instituição - MARIANA BARBOSA CIRNE
Notícia cadastrada em: 19/02/2024 08:20
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