"NÃO VOU PLANTAR BANANEIRA PARA NÃO COMER O PRIMEIRO CACHO”: A PRÁTICA SOCIAL E O ESTUPRO NO ESTADO ACRE DESDE OS TEMPOS DOS SERINGAIS".
Estupro, estado do Acre, seringal
A partir de dados iniciais sobre o perfil dos apenados no estado do Acre, proporcionalmente, observou-se grande quantidade de pessoas presas pelos crimes de estupro e de estupro de vulnerável no estado. Diante desse cenário, esta pesquisa busca oferecer elementos para a compreensão da dinâmica dos crimes de estupro e de estupro de vulnerável, em contexto intrafamiliar e de seringais. Para isso, faz-se necessário operar uma espécie de tradução, a partir da perspectiva antropológica, acerca do estupro na perspectiva dos apenados que cumprem pena em unidades prisionais no Acre, tendo como prisma analítico a teoria de gênero. A metodologia utilizada será a etnografia e a etnografia de documentos, enquanto técnica, a pesquisa documental dos processos de execução que tramitam na Vara de Execução Penal – Meio Fechado do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), pesquisa de campo dentro das unidades prisionais do estado do Acre e entrevistas com apenados condenados por crimes de estupro e estupro de vulnerável. A fim de identificar a sistemática da prática do estupro, em contexto de seringal, no Acre.