“Avanços e retrocessos das cotas raciais: uma análise das narrativas jornalísticas no ano de 2012”.
ação afirmativa; lei de cotas; narrativas; racismo midiático; jornalismo
A tese analisa como importantes veículos da imprensa, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, construíram e enquadraram o processo de institucionalização das políticas de ação afirmativa ao longo de 2012. Para isso, adotamos como referencial teórico-metodológico o conceito de campo jornalístico, articulado à análise crítica da narrativa. Partimos da premissa de que as narrativas jornalísticas não são neutras, mas refletem e reproduzem posições situadas nas disputas políticas e simbólicas que atravessam a sociedade.A investigação concentra-se no plano da estória, com o objetivo de desvendar o enredo produzido por esses jornais diante do conflito social e político reatualizado pela Lei de Cotas. À luz das noções de racismo institucional e racismo midiático, examinamos de que maneira essas narrativas selecionaram emoldaram versões dos fatos e, em alguns casos, perpetuaram práticas racistas, mesmo após a consolidação legal e institucional dessa política pública. Nossa hipótese sustenta que as estratégiascomunicacionais desses veículos foram diretamente influenciadas pelas transformações no campo político, repercutindo na forma e no conteúdo das mensagens destinadas ao público leitor. Ao investigar essas dinâmicas, buscamos compreender não apenas o papel do jornalismo na cobertura das políticas de ação afirmativa, mas também suas implicações concretas para a reprodução ou o enfrentamento das A tese analisa como importantes veículos da imprensa, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, construíram e enquadraram o processo de institucionalização das políticas de ação afirmativa ao longo de 2012. Para isso, adotamos como referencial teórico-metodológico o conceito de campo jornalístico, articulado à análise crítica da narrativa. Partimos da premissa de que as narrativas jornalísticas não são neutras, mas refletem e reproduzem posições situadas nas disputas políticas e simbólicas que atravessam a sociedade.A investigação concentra-se no plano da estória, com o objetivo de desvendar o enredo produzido por esses jornais diante do conflito social e político reatualizado pela Lei de Cotas. À luz das noções de racismo institucional e racismo midiático, examinamos de que maneira essas narrativas selecionaram e moldaram versões dos fatos e, em alguns casos, perpetuaram práticas racistas, mesmo após a consolidação legal e institucional dessa política pública. Nossa hipótese sustenta que as estratégias comunicacionais desses veículos foram diretamente influenciadas pelas transformações no campo político, repercutindo na forma e no conteúdo das mensagens destinadas ao público leitor. Ao investigar essas dinâmicas, buscamos compreender não apenas o papel do jornalismo na cobertura das políticas de ação afirmativa, mas também suas implicações concretas para a reprodução ou o enfrentamento das desigualdades raciais no Brasil.