Administração de conflitos e militarização das escolas do DF: está na hora de chamar a polícia?
Violência escolar; Administração de Conflitos; Militarização; Polícia Militar; Distrito Federal.
Este projeto tem como objetivo investigar as abordagens utilizadas por
escolas de gestão cívico-militares e escolas de gestão civil para lidar com conflitos em seus
ambientes. Como pressuposto, observarei quais diferenças estratégicas de gestão são
adotadas por essas instituições. Observar se há uma busca pela uniformidade de
comportamentos, a exclusão dos alunos como forma de administrar conflitos (mesmo que a
legislação imponha que não exista a expulsão, mas sim uma transferência que não deixa de
ser uma forma de exclusão), se há a priorização do esgotamento das ferramentas disponíveis
antes de adotar medidas externas à instituição, como o encaminhamento para delegacia ou
conselho tutelar.
A escolha das famílias por um ou outro tipo de escola, com essas duas formas de gestão,
também faz parte da análise. É importante entender quais são as pretensões, expectativas,
frustrações e respostas positivas em relação à maneira como essas escolas lidam com os
conflitos e garantem a segurança dos alunos.
Por meio de uma pesquisa de campo, que incluirá entrevistas, observações e aplicação de
questionários com membros da comunidade escolar de instituições que adotem ou não a
gestão cívico-militar, pretendendo coletar informações sobre como se estabelecem as
relações nesses ambientes (principalmente em relação aos conflitos e casos de violência).
Dessa forma observarei os indivíduos pertencentes a esses ambientes escolares
(professores, gestores, policiais militares, alunos, familiares...ou seja, aqueles envolvidos em
casos de conflitos que venham a ocorrer no ambiente escolar) para obter uma compreensão
mais profunda da complexidade deste fenômeno, que surge como uma das principais pautas
de pesquisa na área de educação e violência.