Banca de QUALIFICAÇÃO: Aristoteles de Almeida Silva

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Aristoteles de Almeida Silva
DATA : 13/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: SOL
TÍTULO:

 

Entre duas crises: resiliência e renovação do neoliberalismo no Brasil entre as crises de 2008 e 2015/16.



PALAVRAS-CHAVES:

Crise de 2008, Crise de 2015/16, austeridade fiscal, neoliberalismo,  teorias da crise.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

A crise financeira e econômica de 2008 não desencadeou, como algumas teorias  prognosticaram, um novo regime de acumulação de capital. Pelo contrário, a novidade desta crise, em  relação à crise de 1929 e à crise da década de 1970, foi a radicalização dos princípios do regime de  acumulação capitalista em crise. A União Europeia (UE) foi o epicentro desse movimento, onde a partir  de 2010 alguns países foram submetidos a medidas de austeridade fiscal. Na América Latina (AL), em  geral, nos primeiros anos após a crise se adotou políticas econômicas que a princípio sugeriam um  distanciamento do regime de acumulação neoliberal. Essa impressão de mudança de rumo foi dissipada  em meados da década de 10 ao serem adotadas uma série de reformas neoliberais principalmente sob a  lógica da austeridade, como na Argentina e no Brasil. Em comum com a UE pode-se apontar que na AL  foram construídas sólidas barreiras institucionais que frustraram a tentativa de construir políticas  alternativas ao neoliberalismo. Mas, há significativas diferenças nos mecanismos institucionais que  permitiram a resiliência do neoliberalismo nos países do Norte global e nos do Sul global. A despeito de  processos com efeitos parecidos o resultado foi produzido por mecanismos distintos. Estas diferenças  são fundamentais para a análise das características, o tempo e a intensidade das reformas desencadeadas.  Para compreender a resiliência do neoliberalismo principalmente no Sul global, empreende-se um  estudo de caso sobre a trajetória do neoliberalismo no Brasil no século XXI, entre a crise de 2008 e a  crise de 2015/16. A pesquisa visa, primeiro, compreender a resiliência do neoliberalismo no período  anterior à crise, analisando, para tanto, as condições institucionais que limitaram as alternativas ao  neoliberalismo e que restringiram as possibilidades de resposta à crise. Após a análise da resiliência do  neoliberalismo lança-se luz sobre a resposta contraditória do Estado brasileiro frente à crise de 2008, e  como ela se tornou a causa da próxima crise (2015/16), que na ocasião se entrelaçou com uma grave  crise política. Mas, a resposta à crise não pode ser derivada das instituições que existiam anteriormente,  tal como é possível observar no caso da UE. Para explicar porque um tipo de reforma foi escolhido,  dentre outras reformas neoliberais possíveis, analisa-se os atores sociais e a coalizão que se  beneficiaram das reformas e, portanto, lhes deram apoio. Em síntese, como uma política econômica de corte antipopular foi gestada por meio de um sistema democrático? A hipótese é de que tanto o  repertório de reformas quanto o tipo que foi aplicado são frutos dos acordos e disputas entre as frações  que compuseram a coalizão que destituiu o governo de Rousseff.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2328733 - EMERSON FERREIRA ROCHA
Externa ao Programa - 404652 - MARIA DE LOURDES ROLLEMBERG MOLLO
Presidente - 3154798 - RICARDO COLTURATO FESTI
Interno - 1804106 - STEFAN FORNOS KLEIN
Notícia cadastrada em: 25/01/2023 10:31
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app38.sigaa38