Cinema e intelectualidade: a criação artística a serviço da constituição de um pensamento cinematográfico brasileiro
Cinema; Intelectualidade; Cinema Novo; Autoria; Pensamento cinematográfico brasileiro.
Esta tese pretende investigar as bases sócio-históricas do cinema moderno nacional para entender a constituição de uma matriz de pensamento cinematográfico no Brasil. Para isso, recorro ao movimento cinematográfico Cinema Novo, a partir dos filmes Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos, Terra em transe (1967), de Glauber Rocha, e Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, com a finalidade de entender como emergem padrões e parâmetros sociais, intelectuais e estéticos a partir desses filmes e, assim, verificar a plausibilidade das respostas atribuídas às seguintes perguntas de pesquisa: é possível tomar alguns filmes do cinema brasileiro como artefatos artísticos que lançaram teses, interpretações e um pensamento social sobre o Brasil? Além disso, é relevante pensar as produções cinematográficas do Cinema Novo alinhadas a uma matriz reflexiva que propõe um exercício intelectual sobre questões caras ao país? Por fim, é possível lastrear aspectos que possam ser constituidores de uma noção de autoria no cinema nacional e de um pensamento cinematográfico brasileiro?