Banca de DEFESA: GABRIEL MOURA FEITOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIEL MOURA FEITOSA
DATA : 03/12/2024
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

As histórias que os espaços públicos não contam: masculinidade hegemônica e a exclusão de identidades diversas.


PALAVRAS-CHAVES:
Palavras-chave: Direitos Humanos; Heteronormatividade; Masculinidade Hegemônica; Sociabilidade Masculina.

PÁGINAS: 164
RESUMO:
Esta dissertação busca compreender a construção da identidade masculina e como essa formação direciona a um padrão rígido de heteronormatividade que estrutura e interfere nas interações sociais, políticas, jurídicas e culturais. Uma sociedade generificada cria divisões sexuais e papéis de gênero que impedem a exteriorização de formas dissidentes das consideradas como norma. Orientada pelos estudos de Judith Butler (2020), Guacira Louro (2010) e Michel Foucault (2020), esta pesquisa entende o gênero como construção social. Consequentemente, o que vemos e compreendemos como masculino e feminino – a realidade recortada pelos agentes detentores do poder econômico, político e cultural – é moldado pelos referenciais sociopolítico e histórico do sujeito ou do grupo. Isto é, todos os seres humanos que vivem nesse espaço são afetados por essa lógica de dominação. Assim, discutimos, transversalmente, a representação da masculinidade hegemônica a partir de R. Connell (2005), Daniel Welzer-Lang (2001) e da dominação masculina de Pierre Bourdieu (2019), refletindo como esses conceitos exemplificam a complexidade da vivência humana dentro dessa ordem social posta. Com o intuito de dialogar e aproximar essa leitura teórica das experiências que a vida cotidiana apresenta, esta pesquisa utiliza a técnica de análise fílmica de Manuela Penafria (2009) com o objetivo de expandir o debate teórico com o auxílio de alguns elementos interpretativos retirados de três produções cinematográficas contemporâneas: El baile de los 41 (2020), Sócrates (2018) e Tatuagem (2013). São narrativas cinematográficas que destacam como a percepção de gênero social pode impactar na formação e na manutenção da masculinidade hegemônica, com consequências individuais e coletivas que se projetam de maneira ampla. Elas suscitam debates em torno dos padrões de gênero e como são construtos que não atingem apenas o alcance e as limitações do exercício da cidadania e dos direitos daí decorrentes, mas também como modulador das individualidades e subjetividades, privilegiando umas em detrimento de outras. Por fim, essa abordagem crítica indica que ainda somos orientados por padrões compulsórios de heteronormatividade nos diversos contextos sociais nos quais a identidade masculina hegemônica, valendo-se das representações androcêntricas, permanece como o ser detentor do poder político, econômico, cultural e de gênero, mesmo dentro dos subgrupos masculinos.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1193040 - ELEN CRISTINA GERALDES
Externo ao Programa - 1897574 - ELTON BRUNO BARBOSA PINHEIRO - nullInterna - 1800868 - JANARA KALLINE LEAL LOPES DE SOUSA
Externa à Instituição - LUISA GUIMARAES LIMA
Notícia cadastrada em: 21/11/2024 16:01
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