TEORIAS DA LUZ NA CIÊNCIA MODERNA Exame do método na Óptica de Descartes e Newton
método, análise e síntese, demonstração, óptica, lei de refração.
O método de análise e síntese, tanto em Descartes quanto em Newton, pressupõe que, mediante a filiação histórica da tradição geométrica em Papus e Euclides, produz um conhecimento apoiado em demonstrações rigorosamente dedutivas. Embora a Óptica tenha sidohistoricamente uma ciência sensitiva, no período Moderno ela ganhou uma formulação mecânica determinante após descoberta das leis do movimento. Essas leis foram fundamentais para que Descartes, naDióptrica,e Newton, naÓptica,encontrassem, na lei de refração, a formulação mecânica necessária para explicar o comportamento da luz no meio transparente.
A prática científica, todavia, mostrou-se dependente de outras configurações, que variam entre as diferentes apropriações da tradição matemática, para alémdo método particular de ambososfilósofoscientistas,exigindo,entreoutrascoisas,articulaçõesderesultados
quantitativos com experimentos, metáforas com fatos e ideias. O método, de uma forma geral, traz consigo procedimentos que constituem toda a arte da descoberta e que, por definição, utiliza a combinação de análise e síntese para a certeza do conhecimento. Na física óptica, essacombinaçãofoioquepermitiuDescartes,naDióptrica,eNewton,naÓptica,
desenvolverem suas teorias da luz e sobre asquais se evidenciam um confronto aceitável entre indução e dedução, na certeza de que os fundamentos matemáticos da filosofia natural possam fornecer uma estrutura argumentativa para explicar o comportamento da luz e sua
propagação no meio transparente. Esta tese, portanto, assumiu o propósito de mostrar uma interpretação da estrutura exegética do método de análise e síntese, no interior da Óptica de Descartes e Newton para, enfim, saber se suas etapas são cumpridas a partir daquilo que eles
compreendem por método