PESSOALIDADE E INCORPOREIDADE: apessoa humanaeapossibilidadedepessoasnão corpóreas
Mente. Cérebro.Pessoa.Reducionismo.Espírito.
Trata-se de umainvestigação a respeito da pessoalidade, sobretudo da pessoa humana. A ideia defendida é a de que a pessoa humana éuma entidade singularem razão decertas estruturas e propriedades intrínsecas e relacionais, que sãoinerentes aos organismos humanos.Apresenta-seincialmenteum conceitoestipulativode pessoa, extensionalmente adequado e metafisicamente neutro, a fim de não obstruir a discussão ontológica posterior acerca da pessoalidade.A defesa dapessoalidade como um tipo ontológicoserá construída ao longo da tese, com o envolvimento da rejeição do reducionismo naturalista da pessoa humana a suas estruturas ou funcionalidade biofísicas(Capítulo I);epelo oferecimento do constitutivismo como alternativaviávelao reducionismo,malgrado as dificuldades advindas dessa empreitada (Capítulo II). A partir disso,buscar-se-á, no terceiro capítulo,uma fundamentação ou base metafísica para a pessoa humana, como uma estratégiasatisfatória para resolução de problemas queo reducionismo naturalista ou o constitutivismo não responderam adequadamente. Como encaminhamento finalda abordagem metafísica da pessoa,serãoapresentadasasteoriasde Richard Swinburne(a pessoa como substância mental pura)e de HenriqueVaz(a pessoa como umresultado dialético de estruturas e relações),oferecendo,consequentemente,duasconcepçõespossíveiserazoáveisda singularidade dapessoa humana.Propõe-se que, independentemente de a singularidade da pessoa humana fundamentar-seem umasubstância mental pura ou no processo dialético estrutural-relacional, ambas as alternativasnão podem renunciar àpossibilidadede pessoas incorpóreasexistirem, seja em razão da própria natureza metafísica da substância mental pura, ou pela natureza espiritual da pessoa humana.