NATUREZA, ALMA E LIBERDADE: O CONCEITO LÓGICO EM SUA EFETIVIDADE
Espírito. Alma. Desenvolvimento. Conceito
A presente dissertação investiga o desenvolvimento lógico das determinações espirituais, seu recorte se concentra especificamente nos estágios iniciais do espírito, seja ele subjetivo ou objetivo, sob a perspectiva da filosofia de Hegel. Refletindo acerca de tais considerações, é indispensável que a relação da ideia absoluta com a naturalidade seja considerada, já que inicialmente esse produto da Lógica se depara com uma naturalidade permeada pela externalidade. Desse modo, acompanharemos o âmbito natural - constituído pela independência de seus elementos - avançar para a subjetividade e a vida. O resultado desse progresso negativo é o espírito, o qual apesar de dispor de sua origem na natureza, é a sua verdade e seu princípio primeiro. Esta pesquisa empenha-se em analisar o primeiro momento do exercício espiritual, isto é, a alma. Assim, o espírito está em sua forma imediata como alma, sua característica plasticidade conceitual permite que ele coloque de maneira ideal as particularidades de sentimento, as quais o influenciam significativamente em sua efetivação anímica. Graças à conceituação negativa das determinações, a alma passará de uma universalidade indiferenciada para a reflexão sobre si mesma, tornando-se consciência. O mesmo progresso lógico pode ser constatado na Filosofia do direito, mais especificamente no conceito abstrato de vontade livre. Acompanharemos, portanto, como a atuação dialética comporta as diferentes concepções de liberdade que são exploradas pelo filósofo em sua argumentação. Dessa forma, buscaremos mostrar os paralelos lógicos que constituem o fundamento do espírito objetivo e consequentemente estabelecem uma semelhança com a progressão examinada no começo subjetivo.