AÇÃO POLÍTICA REAL: DEVIR DA LIBERDADE E FORÇA IMANENTE EM ANTONIO GRAMSCI
Filosofia da práxis. Consciência crítica. Ação política. Força imanente.
A presente Tese em Filosofia ocupou-se em investigar a ideia de ação política real e suas
necessárias condições históricas para o agir político em Antonio Gramsci, com a seguinte
problemática: Quais são as exigências filosóficas gramscianas da ação política real na
filosofia da práxis? O objetivo principal foi demonstrar que tais exigências já foram postas
na história, cabendo à Política assumir a tarefa educativa de conduzir as massas no
tensionamento do equilíbrio das relações de forças. Para atingir o objetivo proposto
estruturou-se a Tese em três capítulos: 1) Ponto de partida: trajetória político-filosófica
onde se apresentou pontos decisivos da formação filosófica do pensador sardo. O capítulo
se propôs a demonstrar a vivacidade e centralidade de seus escritos políticos sempre exigiu
práxis; 2) Espontaneidade e direção consciente na política, espaço reservado para
demonstrar três pontos fundantes no pensamento gramsciano: a ideia de que todos os
homens são filósofos; a direção consciente pode ser antecedida da espontaneidade;
tradutibilidade como tarefa sine qua non para a efetivação da ação política e concretização
da filosofia da práxis. 3) Caminhos da política na formação do Estado novo, quando então,
fez-se um percurso entre a filosofia da práxis, materialismo e as relações de força.
Constatou-se, portanto, que a tão esperada revolução passa por um longo e contínuo
processo formativo das massas e que todas as condições históricas já foram postas,
restando ao trabalhador unir-se para formar a hegemonia a seu favor.