Banca de DEFESA: Luís Henrique Menck de Sousa

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Luís Henrique Menck de Sousa
DATA : 28/07/2023
HORA: 10:00
LOCAL: à distância
TÍTULO:

SIMULAÇÃO LINGUÍSTICA : POSSIBILIDADES E LIMITES DA CONCEPÇÃO DE UM SIMULACRO LÓGICO MATEMÁTICO DA LINGUAGEM NATURAL


PALAVRAS-CHAVES:

Sintaxe formal, Semântica formal, Modelos, Linguagem natural, Simulação linguística, Simulacro linguístico.


PÁGINAS: 102
RESUMO:

A teoria sintática universal de RICHARD MONTAGUE e a teoria semântica verocondicional de ALFRED TARSKI possibilitam uma ampla análise semiótica sobre as linguagens formais dos sistemas tradicionais de lógica. Essa amplitude despertou o interesse na seguinte questão que principia a presente dissertação: Quais são as possibilidades e os limites da construção e aplicação de uma gramática formal, alicerçada nas teorias de MONTAGUE e de TARSKI, voltada a concepção de uma simulação lógico matemática da linguagem natural? Antes de qualquer resposta, o ponto a ser destacado é que o cumprimento de tal propósito depende de uma definição formal da noção de verdade, pois, na semântica verocondicional tarskiana, o conceito de verdade é um núcleo a partir do qual outras noções semânticas são definidas, tal como a de significado e a de consequência lógica. Diante dessa dependência, o problema emergente é que as linguagens naturais são sintaticamente imprecisas e semanticamente fechadas, tal que essas nativas características, a princípio, impediriam a obtenção de uma definição formalmente correta do conceito de verdade. Consequentemente, não seria possível obter uma definição de verdade formalmente correta para uma simulação da linguagem natural, pois, o pretenso simulacro linguístico resultante herdaria um status de imprecisão sintática e de fechamento semântico. Sob essa perspectiva, então, a resposta à pergunta supra é a de que uma gramática formal alicerçada na semântica de TARSKI não seria um instrumental hábil à concepção de um simulacro lógico matemático da linguagem natural. Contudo, diante desse cenário pessimista, é possível optar por limitar o escopo da simulação e, então, selecionar e simular um sucinto fragmento linguístico natural de tipo declarativo o qual exibe um status sintaticamente matematizável e semanticamente aberto, tal que a problemática enunciada é satisfatoriamente afastada, bem como ficam precisamente demarcadas as possibilidades e os limites da simulação pretendida. Nesse sentido, é possível, então, conceber um simulacro linguístico SL a partir de uma gramática formal construída nos moldes almejados e que é composta por duas funções de sobreposição: função de formalização  (sobreposição sintática), usada para copiar o fragmento linguístico alvo e formalizá-lo de modo a sobrepor a forma sintática de uma determinada linguagem formal e, assim, obter a forma sintática superficial de SL; função de modelagem μ (sobreposição semântica), usada para construir um SL-modelo (uma estrutura MSL) que, ao sobrepor uma estrutura simbólica M, serve de aparato semântico superficial adaptado para SL. Cumprida a tarefa designada, o simulacro linguístico SL pode ser submetido a críticas contextualistas, no sentido de que suas sentenças declarativas, frente aos contextos de uso, expressam ilimitadas suposições no plano de fundo e exibem textura aberta e, portanto, falha enquanto simulação. Contudo, mediante a apresentação de contra-argumentos direcionados às críticas contextualistas, é possível concluir que SL logra êxito enquanto simulação lógico matemática de um fragmento declarativo da linguagem natural, voltado a reprodução das manifestações de significados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCO ANTONIO CARON RUFFINO - UNICAMP
Interno - 1734038 - ALEXANDRE FERNANDES BATISTA COSTA LEITE
Presidente - 1177166 - ANDRE LECLERC
Interno - 2189373 - RODRIGO DE ALVARENGA FREIRE
Notícia cadastrada em: 23/05/2023 16:07
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