A PLURIVERSALIDADE DO SER A PARTIR DO PENSAMENTO DE MOGOBE RAMOSE E SUA RESSONÂNCIA NAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO BRASIL E NAS INDÍGENAS DO BEM VIVER
Mogobe Ramose; Ubuntu; pluriversalidade, movimento; ancestralidade
O presente texto é resultado de pesquisa da teoria de Mogobe Ramose e sua correlação com comunidades quilombolas no Brasil e com comunidades indígenas do movimento Bem Viver. Por meio de pesquisa bibliográfica, análise testemunhal e metodologia dialética busca-se identificar como Ramose compreende o ser enquanto pluriversalidade e, por conseguinte, como essa pluriversalidade se manifesta na forma de ser e pensar dessas referidas comunidades. Esta caminhada reflexiva detecta que a existência se realiza por meio de conexões inevitáveis, fazendo valer a máxima da filosofia ubuntu “eu sou porque nós somos”. Isso compreende uma relação de interdependência e múltipla influência no campo da existência, independentemente do segmento em que se encontra cada coisa: mineral, vegetal, animal. Por conseguinte, vislumbra-se também uma realidade cósmica sem centro e sem hierarquia em matéria de poder e importância. Nesta perspectiva, busca-se a ressonância do pensamento de Ramose nas comunidade