Banca de DEFESA: Adeir Ferreira Alves

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Adeir Ferreira Alves
DATA : 18/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

Vidante: um filosofar de candomblé


PALAVRAS-CHAVES:

Vidante; Candomblé (identidade, ancestralidade, encantamento), Contra-colonialidade; Necropolítica.


PÁGINAS: 283
RESUMO:

A presente pesquisa fala da vida... e da vida de pessoas negras... e de pessoas negras candomblecistas. Fruto de muitas confluências, este estudo é sacizento, ou seja, espiralar, mandingueiro, encantado e poético. O tema em investigação trata sobre percursos da vida de pessoas negras que – tensionando a zona de não-ser (condição de Outrificações) – se ressignificam em processos curadores através de uma política de vida inspirada no modo de vida do candomblé, processos esses através dos quais construo o conceito de “vidante”. O objetivo desta pesquisa consiste em apresentar – pelos testemunhos de pessoas negras candomblecistas – rompimentos com os signos das sujeições colonialistas impostos pela política de morte às pessoas negras e ao mesmo tempo objetiva indicar confluências que levam aos caminhos de uma identidade afrorreferenciada e a uma política de vida. Os objetivos secundários buscam indicar i) modos de vida que apontam o candomblé como um lócus de vivências que oportunizam – a exemplo da imanência das epistemes descoloniais de terreiro e das narrativas de pessoas negras candomblecistas – um filosofar por deslocamentos e encantamentos; e ii) compreender o modo de vida do candomblé como um lócus identitário da ancestralidade africana que pode contribuir com a desconstrução de identidades assimiladas pelo branqueamento. Essa pesquisa é encantada, seria, portanto, desafiador lhe demarcar atribuições muito restritivas. Justamente devido às indizibilidades de uma gramática restritiva (a partir de um caminho que faço em que o candomblé é um horizonte de chegada após um percurso de trajetórias anticoloniais) é que criei o termo vidante. Vidante se apresenta como um criador e ressignificador de novos vocabulários; um vivenciador e relator de vivências; um estar com, um “caminhar com” cujos sentidos evocados apontam um filosofar encantado inspirado no orixá Logunedé. A pesquisa se empenha também num estudo etnográfico, em que entrevistei 10 candomblecistas de duas casas no Novo Gama-GO, sendo uma casa Angola e outra Ketu (da qual sou membro). Além desse método etnográfico, pulverizadas em todo o texto, eu emprego algumas abordagens metodológicas, tais como, a poética e a testemunhalidade. Reunindo diferentes tópicos de variadas literaturas e pesquisa de campo, este estudo busca – pela poética e o encantamento – apresentar como resultado um movimento ontológico do caminhar com que, ao romper com a política de morte, resulta na chegada ao candomblé como lócus de uma política de vida, porém o próprio caminho feito (pelo encantamento) já é um filosofar referenciado no candomblé.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DENISE MARIA BOTELHO - UFRPE
Externo à Instituição - LEANDRO SANTOS BULHOES DE JESUS - UFC
Interno - 1716169 - PEDRO ERGNALDO GONTIJO
Presidente - 2290568 - WANDERSON FLOR DO NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 07/11/2024 12:08
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