Quando o paradigma muda, as artes aparecem: a ontologia da arte como um conhecimento localizado (zável)
Ontologia da Arte. Arte africana. Artes Iorubás. Pluralidade.
Localidade
Este trabalho visa refletir sobre aspectos políticos da Ontologia da Arte, enquanto
conhecimento que se quer universal, e propor a possibilidade de uma pluralidade
ontológica da arte desde as artes iorubás. A dissertação se encontradivididaem duas
partes e se vale de um percurso metodológico que leva em conta os pressupostos
arqueogenealógicospara realizar uma revisão bibliográfica e colocar diferentes autores
em diálogo.Na primeira parte, realizou-se um debate sobre a categoria “arte africana”
como uma invenção moderna, que causou uma racialização da arte e um empobrecimento
ontológico, a partir da análise da exposição Art/Artifact feita sob a curadoria de Susan
Vogel, no Center for African Art em Nova Iorque no ano 1988.Na segunda parte, propõe-
se um diálogo com as artes iorubás para se pensar a arte enquanto um conhecimento local
com diferentes possibilidades endógenas. Nesse sentido, utiliza-se como objeto de análise
e diálogo o Bosque Sagrado de Oxum na Nigéria. Por fim, buscou-se refletir sobre os
limites da Ontologia da Arte e sobre as possibilidades de se construir um conhecimento
sobrearte relacional levando em conta os autores pesquisados e as diferentes categorias
levantadas das artes iorubás.