Metabolismo e Configuração Urbana: Diálogos entre Pegada Ecológica e Sintaxe Espacial em Teresina – PI.
Sintaxe Espacial, Pegada Ecológica, Metabolismo Urbano, Configuração Urbana.
A pesquisa explora a experimentação de ferramentas metodológicas do metabolismo urbano para ações de desenho e planejamento da cidade, tendo por estudo de caso Teresina, capital do Piauí. Ao assumir que a forma da cidade é uma maneira de interpretar a sociedade, entende-se que aspectos da dinâmica urbana podem ser compreendidos por uma leitura morfológica. O objetivo, com base nestas premissas, é investigar a associação entre técnicas configuracionais, analisadas por meio da Sintaxe Espacial (Teoria da Lógica Social do Espaço), e metabólicas, discutidas segundo a leitura da Pegada Ecológica, de modo a fornecer subsídios para uma melhor compreensão das relações de interdependência que existem nos assentamentos humanos. As abordagens são contrapostas em camadas, com o intuito de entender suas intersecções. Para tanto, executa-se uma análise sintática diacrônica da expansão urbana do assentamento, por meio de mapas axiais e de segmentos, em variáveis topológicas e geométricas. Na sequência, em setores consolidados dentro do tecido urbano, calcula-se a Pegada Ecológica a partir de quatro eixos: energia elétrica, consumo de água, geração de resíduos sólidos e combustíveis fósseis. Os resultados obtidos segundo o confronto entre todas as medidas e o diálogo com as abordagens permitem compreender as articulações entre as camadas morfológica/configuracional e metabólica, reforçando o papel da escala e das relações entrepartes entre os elementos constituintes da cidade para o desempenho. Em certa medida, os recursos consumidos e os resíduos gerados por uma determinada população que ocupa setor com características espaciais próprias em uma cidade podem, em certo grau, ser depreendidos consoante as características espaciais.