PAISAGENS DO SUL: parâmetros socioecológicos (padrões) para espaços livres nas periferias de Brasília-DF (Brasil) e Lima (Peru)
Periferias latino-americanas; paisagismo insurgente; padrões socioecológicos; ecofeminismo.
As ocupações ou assentamentos humanos, localizados em áreas periurbanas da América Latina, são locais com diversas potencialidades em termos de geografia e condições atmosféricas, mas ao mesmo tempo são cenários com diversos problemas, como a falta de verde urbano, a desigualdade socioterritorial e a injustiça socioambiental. Esta pesquisa estimula a reflexão sobre a importância socioambiental e socioecológica dos espaços abertos no contexto das periferias das capitais latino-americanas, especificamente na Ocupação Santa Luzia, em Brasília-DF, Brasil, e no assentamento humano Cerro Verde, em Lima, Peru. O objetivo desta pesquisa é a proposição de parâmetros ou padrões socioecológicos (ALEXANDER, et al, 1977) (ANDRADE, 2014) identificados por meio das Paisagens do Sul (VERÍSSIMO, et al, 2020), com o intuito de melhorar a qualidade de vida socioambiental dos habitantes que historicamente foram relegados e negligenciados pelo Estado. Por meio de uma perspectiva teórica que critica o atual sistema moderno, capitalista e patriarcal, justificada por sua capacidade de nos situar a partir de uma perspectiva adequada, diferente e crítica à perspectiva eurocêntrica e hegemônica dentro da área de arquitetura e urbanismo, especificamente da Arquitetura Paisagística, que inferioriza outros saberes e paisagens. Exaltar a participação popular e a auto-organização por meio do Ecofeminismo (SHIVA; MIES, 1993). Além disso, são observados criticamente o planejamento urbano, o paisagismo, o meio ambiente, o direito à cidade, o direito à qualidade ambiental, a justiça e o racismo ambiental, entre outras questões tangenciais necessárias para a compreensão do problema de pesquisa e dos estudos de caso e, portanto, para a conquista de cidades mais feministas, justas, saudáveis e solidárias.