O vazio da praça: investigando "equívocos conceituais" e padrões de praças públicas
Espaço Livre Público; Praça Pública; Configuração Espacial; Vitalidade Urbana.
A tese irá investigar não-praças, praças abandonadas e padrões de praças públicas “bem-sucedidas” em diferentes estruturas urbanas, avaliando os efeitos nas pessoas e na cidade. O estudo aborda as praças públicas a partir de duas perspectivas: conceito e padrão. Faz- se uma abordagem conceitual ao identificar que muitos espaços nomeados como praça são vazios em termos de definição e caráter social – vazio de gente. Assim, estruturam-se diversos aspectos para compreender o que é, de fato, a praça pública. Por outro lado, na perspectiva de padrão são relacionados aspectos necessários, de acordo com a literatura, para que haja vida na praça, entendendo que além das características internas de infraestrutura, a configuração urbana e a maneira como esses espaços livres públicos estão estruturados afetam o uso social do objeto estudado. A partir disso, definem-se disparidades entre não-praças, praças abandonadas e praças bem-sucedidas. Para uma próxima fase, a partir de uma metodologia quali-quantitativa, serão analisados resultados de uma etapa mais abrangente explorando praças sem uso social (não-praças e praças abandonadas), a partir de uma visão sistêmica. Após isso, será realizada uma etapa mais específica em busca de identificar padrões em praças bem-sucedidas. Para a análise das praças públicas serão feitos mapeamentos com georreferenciamento de dados, uso do aparato teórico metodológico da sintaxe espacial (mapas axiais e de visibilidade) para compreender o espaço interno e integração com a cidade. Por fim, dados entre praças e não-praças serão relacionados na tentativa de investigar diferenças no planejamento urbano, lidas a partir da configuração física e espacial.