Banca de DEFESA: Celma do Carmo de Souza Pinto

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Celma do Carmo de Souza Pinto
DATA : 22/09/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório da FAU, Prof. Jayme Golubov
TÍTULO:

O (in) visível patrimônio da industrialização: reconhecimento de paisagens em Cubatão/SP


PALAVRAS-CHAVES:

Patrimônio industrial; paisagem industrial; degradação ambiental; políticas de preservação


PÁGINAS: 250
RESUMO:

O patrimônio industrial tem tido considerável interesse no Brasil, inclusive na sua relação com a paisagem, em seus variados aspectos e abordagens. Isso decorre dos processos de desindustrialização ou reestruturação econômica que resultaram em testemunhos variados, em geral abandonados ou esquecidos e cuja proteção no campo do patrimônio cultural tem se mostrado lenta e conflituosa frente a sua vulnerabilidade diante das pressões políticas e econômicas para reocupação das áreas com novos empreendimentos. Assim, considerando os dilemas e desafios da preservação de legados industriais na atualidade, esta tese propõe a análise da paisagem, a partir do legado material industrial e de infraestrutura do município de Cubatão-SP, como forma de contribuir para o debate sobre o enfrentamento das possibilidades de preservação e reconhecimento de paisagens de caráter industrial. Em Cubatão, a formação do patrimônio industrial se insere nos fatores de sua localização como importante conector entre o porto de Santos e uma hinterlândia mais abrangente, bem como da formação de um polo industrial a partir de 1950. No entanto, ao mesmo tempo em que esses fatores permitiram uma concentração de testemunhos industriais de valor cultural, também implicaram em uma forte pressão relacionada às ampliações e modernizações do Porto de Santos, das vias de transporte e do próprio polo, com a destruição contínua de marcos importantes da industrialização da região e, o apagamento de locais e memórias relacionadas ao processo industrial. Somado a esses fatores, as questões ambientais que estigmatizaram Cubatão como “Vale da Morte”, levou a uma narrativa focada na destruição ambiental, dificultando uma identificação dos moradores com a paisagem quando relacionada à indústria. Portanto, realizamos uma análise do processo industrial da região bem como da construção da narrativa ambiental decorrente; procedemos ao levantamento do legado material industrial e, da percepção que esse legado possui na sua relação com a paisagem, em geral focada na natureza e, em uma percepção imaginativa, do que se quer ver, e também em memórias afetivas. Verificou-se que os desafios da preservação de testemunhos industriais na região extrapolam questões locais e se colocam em escala territorial, onde novas condições de valorização ou de preservação podem ser consideradas, tanto para os testemunhos ativos, quanto para aqueles abandonados ou esquecidos a partir do reconhecimento das distintas paisagens que ali se relacionam ou são decorrentes do processo de industrialização regional, porém ainda não compreendidas na perspectiva cultural ou no campo do patrimônio cultural.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - VANESSA BORGES BRASILEIRO - UFMG
Interna - 2570410 - ANA ELISABETE DE ALMEIDA MEDEIROS
Externa à Instituição - FLAVIA BRITO DO NASCIMENTO - USP
Interna - 1811606 - FLAVIANA BARRETO LIRA
Presidente - 1746081 - LUCIANA SABOIA FONSECA CRUZ
Notícia cadastrada em: 11/08/2023 14:46
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