Banca de DEFESA: Pedro Augusto do Nascimento

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Pedro Augusto do Nascimento
DATA : 23/11/2023
HORA: 14:07
LOCAL: Auditório da FAU, Prof. Jayme Golubov - https://ppgfau.unb.br/component/agenda/agendas
TÍTULO:

O LUGAR DA ESCOLA NA PAISAGEM URBANA: UMA ABORDAGEM URBANÍSTICA SOBRE AS UNIDADES DE VIZINHANÇA, A SEGREGAÇÃO URBANA E AS DESIGUALDADES EDUCACIONAIS EM BRASÍLIA


PALAVRAS-CHAVES:

Cidade e escola. Unidade de Vizinhança. Brasília. Efeito-vizinhança. Segregação Socioespacial. Segregação Escolar.


PÁGINAS: 205
RESUMO:

Esta tese relaciona os conceitos de segregação urbana, segregação socioespacial e segregação escolar pelo viés do lugar das escolas públicas na paisagem urbana. Neste estudo, utilizamos Brasília como estudo de caso, discutindo a atual dinâmica das unidades de vizinhança, princípio urbanístico largamente aplicado às cidades-satélites da capital federal, visando investigar como os mecanismos de espoliação e reserva de localização atuam na segregação socioespacial. A pesquisa examina criticamente o papel da escola pública na paisagem urbana e o modo como as escolhas projetuais urbanísticas relacionadas ao paradigma da Unidade de Vizinhança afetam as relações entre cidade, bairro, vizinhança e escola. Para tanto, recorremos a uma metodologia mista, qualitativa e quantitativa, combinando: análise histórica das unidades de vizinhança do Plano Piloto, bem como sua influência no posicionamento de equipamentos públicos de ensino em outros bairros da cidade – Ceilândia, Sudoeste e Águas Claras; além de um mapeamento do fluxo diário de alunos da rede pública de ensino de Brasília, por meio da análise do cadastro de matrículas da rede pública de ensino do Distrito Federal. Objetivou-se construir uma cartográfica com imagens legíveis do espaço que facilitem a articulação das abordagens quantitativas e qualitativas dos efeitos da segregação, uma estratégia de pesquisa e de análise pouco recorrente entre os estudos que tratam da temática. O estudo demonstra que as unidades de vizinhança funcionam como planejando em comunidades periféricas, enquanto em bairros de maior renda a centralidade da escola se dissolve, pois, essas populações optam preferencialmente por escolas privadas. Ademais, existem famílias dos bairros periféricos que reconhecem o efeito vizinhança em suas unidades de vizinhança, e criam mecanismos para transpor as barreiras e acessar escolas onde os mecanismos institucionais são menos nocivos. Mesmo sendo essas estratégias onerosas em termos de gasto de tempo, pois impõem às crianças percorrer rotineiramente longas distâncias. Os resultados encontrados reforçam a tese de que a segregação urbana é um processo espaço-temporal complexo e que a análise desse fenômeno por perspectivas não tradicionais, como a análise histórica dos mecanismos de produção do espaço e a leitura das alterações da dinâmica da cidade pelo fluxo diário de pessoas até a escola, pode contribuir com a construção de estudos urbanos e do pensamento sobre a segregação urbana.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 671574 - BENNY SCHVARSBERG
Presidente - 1855707 - CAROLINA PESCATORI CANDIDO DA SILVA
Externa à Instituição - DINALVA DERENZO ROLDAN - UNIP
Externa à Instituição - MARIANE CAMPELO KOSLINSKI
Interno - 1374229 - RICARDO TREVISAN
Notícia cadastrada em: 26/10/2023 15:04
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