A vitalidade e a resiliência das cidades: quando a configuração é perene, o tempo perde importância
Configuração Espacial, Vitalidade Urbana, Resiliência, Perenidade, Qualidade de vida.
Frente à crescente expansão urbana e à continuada migração campo-cidade em todo o mundo, os assentamentos humanos de média escala vêm abrigando cada vez mais demandas por melhor qualidade de vida de suas populações e maior qualidade socioambiental, o que lhes confere um papel relevante para o debate sobre sustentabilidade e meio ambiente. Diante desse cenário, esta pesquisa busca compreender os atributos que qualificam a melhoria da qualidade de vida das cidades, entendida a partir da sua vitalidade e resiliência, traduzidas em perenidade. O trabalho toma como estudo de caso vinte seis estruturas urbanas distribuídos no território brasileiro, todas classificadas como cidades médias em suas áreas de abrangência. O objetivo é identificar aspectos configuracionais que lhes são peculiares ou comuns, e que sejam passíveis de serem replicados como atributos capazes de garantir ou desenvolver perenidade. A metodologia da pesquisa adota a revisão de literatura para o embasamento teórico do tema e ancora-se na técnica de “Análise do Desempenho Morfológico de Lugares”, por meio da investigação de variáveis configuracionais interpretadas em seus respectivos desempenhos bioclimáticos, funcionais, econômico-financeiros, topoceptivos, copresenciais e expressivo-simbólicos. Há ênfase na investigação de atributos sintáticos, consoante a Sintaxe Espacial (Teria da Lógica Social do Espaço), associados a um conjunto de dados socioeconômicos. A hipótese sugere que a perenidade das cidades está intrinsecamente ligada à qualidade de seus atributos de configuração socioespaciais e socioambientais, os quais contribuem para induzir e potencializar o desenvolvimento socioeconômico sustentável nas urbes, ao longo do tempo.