Banca de QUALIFICAÇÃO: Rafaella dos Santos Cavalcanti

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Rafaella dos Santos Cavalcanti
DATA : 10/01/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Influências da estrutura urbana na saúde da população 60+: identificação de padrões urbanos facilitadores da promoção de saúde


PALAVRAS-CHAVES:

cidades saudáveis. células autossuficientes. qualidade espacial urbana. doenças crônicas não transmissíveis. Covid-19.


PÁGINAS: 101
RESUMO:

A busca por condições de salubridade urbana está presente desde que a urbanização se colocou como o lócus do sistema econômico das nações. Tal fato, tem levado ao surgimento de movimentos em busca de cidades saudáveis tendo no início se debruçado sobre as soluções de infraestruturas de saneamento e, mais recentemente, nos países em que esses temas já foram solucionados, com a capacidade dos padrões urbanos em propiciarem vida mais ativas as pessoas e assim contribuir para sua saúde.
Assim, hoje existem muito estudos que relacionam padrões urbanos que contribuem para melhoria de doenças não contagiosas por propiciarem o rompimento do sedentarismo, e os idosos estão dentre os mais beneficiados. Essas pesquisas que já resultam em políticas públicas na comunidade europeia não encontram a mesma ressonância no Brasil onde, ainda, se continua discutindo o saneamento básico. Entretanto, as duas questões estão presentes entre nós dado que o país que possui, segundo outras pesquisas, um número de 41 milhões de obsessos (entre pessoas com 18 anos ou mais) e um percentual de 40,3% de adultos e mais da metade (59,7%) das pessoas 60+ sedentários (IBGE, 2020).
Outro desafio que se colou recentemente foi a pandemia da Covid-19 que pela necessidade de distanciamento social para controle de sua propagação levou a questionamento de várias recomendações que se encontravam consagradas para a promoção da cidade saudável. Dentre elas a compacidade urbana e os usos múltiplos que podem levar a aglomerações que não seriam recomendadas em contexto de pandemia. Esse fato tem levado a outras pesquisas, ainda insipientes no âmbito internacional, sobre os padrões urbanos que levam a dependência das diferentes frações urbanas tendo como consequência a necessidade de deslocamentos múltiplos por todo o tecido urbano. Um estudo nessa linha foi realizado por Pinedo e colegas em 2021, em Madri, quando resgata a ideia de “células autossuficientes” no tecido urbano como meio de controle do contágio do vírus da Covid-19.
Sem ter um foco direto na cidade adequada às pandemias, já existiam na literatura internacional a busca por espaços urbanos capazes de satisfazer as necessidades básicas das pessoas em poucos minutos de caminhada (como a proposta a de “cidade a 15 min” de Carlos Moreno, ou mesmo conceitos um pouco mais antigos como de cidade ativa). Diante deste cenário, e tendo em conta as doenças mais frequentes entre idosos e as especificidades das cidades brasileiras, o presente estudo levanta as seguintes indagações: quais são os elementos e atributos que configuram o espaço urbano de células autossuficientes e que podem facilitar um estilo de vida ativo? Como aferir a relação entre essa morfologia e sua contribuição para a saúde da população? Assim, tem por objetivo identificar padrões de espaços urbanos autossuficientes e ativos capazes de atender as necessidades da população 60+ com doenças relacionadas ao sedentarismo. Será realizado estudo empírico na cidade do Recife, através de análises espaciais quando se espera chegar à identificação de padrões urbanos que facilitem a vida do público-alvo da pesquisa. Por fim, espera-se que esta pesquisa, ao final, possa contribuir para a construção de cidades saudáveis.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO - UFPE
Externa ao Programa - 2164530 - GABRIELA DE SOUZA TENORIO
Externa à Instituição - INGRID LUIZA NETO - UDF
Presidente - 1170755 - MARIA DO CARMO DE LIMA BEZERRA
Interno - 1705690 - ROMULO JOSE DA COSTA RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 10/01/2023 09:25
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