Banca de DEFESA: BRUNA DA CUNHA KRONENBERGER

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRUNA DA CUNHA KRONENBERGER
DATA : 24/03/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
SE ENCONTRARAM, ENTÃO, NO PARQUE DA CIDADE. O capital arquitetônico e a sua distribuição no espaço público

PALAVRAS-CHAVES:

capital arquitetônico, habitus, espaço público, Parque da Cidade, Brasília.


PÁGINAS: 433
RESUMO:

Pensar na sociedade e nos diversos ativos dos quais dispomos e pelos quais nos inserimos nela significa compreender as diversas dimensões que a constituem. Para o sociólogo francês Pierre Bourdieu, carece entender os vários tipos de capitais: recursos, meios, capacidades que mobilizamos para atender nossas necessidades, e que caracterizam quem somos. Ao incluirmos a arquitetura na constituição da sociedade, com base na Teoria da Sintaxe Espacial (TSE), defendemos que a maneira como nos organizamos, como corpos no espaço e no tempo, e a maneira como organizamos os lugares constituem uma macroestrutura social, na qual se insere o capital arquitetônico, como capacidade do sujeito ao mobilizar a arquitetura para seus fins. Esse capital refere o recurso que implica possibilidades ou restrições aos modos de nos apropriarmos dos lugares e de nos movermos através deles, e as condições de visibilidade do outro; ele é composto pelo capital espacial e pelo capital edilício, o primeiro a referir os espaços abertos, de acesso irrestrito, o segundo, os espaços fechados, de acesso restrito. O capital arquitetônico se superpõe aos demais capitais – econômico, político, cultural, ideológico, social – ao constituírem a classe social: a estrutura e o volume diversos dos capitais de que as classes sociais são detentoras, constituem, diversamente, por isso mesmo, as distintas classes sociais. Uma nova topografia é o núcleo desta tese: distintas classes sociais colorem distintamente os lugares; e vice-versa: lugares distintamente configurados qualificam, distintamente, as diferentes classes sociais. A empiria é formada pelo Parque da Cidade Dona Sarah Kubitscheck e pelos sujeitos que dele (diferençadamente) se apropriam. O Parque localiza-se no coração de Brasília, a Capital Federal do Brasil. O conteúdo se estrutura em três partes: (i) Conhecimento do objeto de estudo; (ii) Levantamento da vida pública; e, (iii) Levantamento do capital arquitetônico e do habitus. Entre os procedimentos operacionais estão a análise documental, a observação participante e não participante, que resultou no mapeamento do Parque da Cidade, e a aplicação de questionários com as pessoas que o frequentam, que possibilitou a construção de um indicador de capital arquitetônico. Os resultados evidenciam as relações entre o capital arquitetônico que o Parque faculta formar nos sujeitos (quando do Parque se apropriam), e o capital arquitetônico extra-parque apropriado pelos sujeitos: nos lugares que usufruem fora daqui – residência, comércio, cultura, trabalho. Não é possível entender o primeiro sem os segundos; e ambos dizem de quem se trata.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RENATO TIBIRIÇÁ DE SABOYA - UFSC
Presidente - 002.356.794-53 - FREDERICO ROSA BORGES DE HOLANDA - UnB
Interna - 2164530 - GABRIELA DE SOUZA TENORIO
Externo à Instituição - PATRICK DI ALMEIDA VIEIRA ZECHIN - UEG
Externa ao Programa - 1402220 - VANIA RAQUEL TELES LOUREIRO
Notícia cadastrada em: 06/03/2023 10:43
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