Banca de DEFESA: GABRIELA MALESUIK ARAGÃO BARROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELA MALESUIK ARAGÃO BARROS
DATA : 02/07/2025
HORA: 10:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

Pensamento irresignado: dialética e história na obra tardia de Theodor W. Adorno


PALAVRAS-CHAVES:

teoria crítica, filosofia da história, dialética, Theodor Adorno


PÁGINAS: 145
RESUMO:

O conceito de história possui um antagonismo constitutivo: se por um lado a história pode ser um modo de conhecimento com práticas diversificadas, através do qual se estabelecem significados para as experiências passadas, por outro, a história mesma é uma experiência uníssona que manifesta as continuidades e transformações dos sentidos atribuídos à experiência humana no tempo. A minha proposta é mostrar como esse traço inerente ao conceito de história é tão fundamental para o pensamento de Adorno durante toda a década de 1960 quanto a sua crítica à ontologia fundamental. A partir de um curso de introdução a dialética ministrado em 1958, Adorno passa a se deter no conceito de história tanto do ponto de vista dos procedimentos analíticos do conhecimento histórico quanto do ponto de vista da história como um todo que abarca um curso contínuo de acontecimentos. Essa atenção é mantida e aprofundada em seu curso sobre História e liberdade, ministrado entre 1964 e 1965, e em sua Dialética negativa (1966). O meu trabalho investiga esse conjunto de textos com o objetivo de indicar como uma filosofia da história se faz centralmente presente na dialética negativa, o projeto principal da obra tardia de Adorno. Ao considerar que a dialética é uma crítica negativa da experiência da modernização e da universalização da forma-mercadoria, Adorno propunha que a investigação filosófica se deveria centrar na estrutura dialética da história, exposta por ele como uma dialética entre universal – traduzido pelas formas fetichizadas do capital – e particular – a experiência concreta dos indivíduos e das relações sociais. Tal compreensão da natureza dialética da modernização como expansão e reprodução do capital será analisada tendo em conta que Adorno considerava o diagnóstico hegeliano da cisão entre subjetividade e objetividade o seu principal ponto de partida filosófico. A ideia é indagar como Adorno estrutura uma reflexão especulativa sobre a natureza dialética da história mundial, embora vivesse em um momento de declínio da filosofia especulativa da história. Por meio de uma interpretação da dimensão especulativa do pensamento de Adorno acerca da história, analiso como seu modelo de uma dialética negativa se engaja criticamente com eventos como a Revolução Francesa e o Holocausto, ambos tratados por Adorno como formas de expressão da dialética entre progresso e regressão que faz da história uma experiência transsubjetiva do tempo. A minha hipótese é a de que Adorno desenvolve uma crítica negativa da história do capital.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JORGE LUÍS DA SILVA GRESPAN - USP
Presidente - 1721197 - ARTHUR OLIVEIRA ALFAIX ASSIS
Externo à Instituição - GIOVANNI ZANOTTI - UnB
Externo ao Programa - 1356449 - PEDRO EDUARDO BATISTA FERREIRA DA SILVA - null
Notícia cadastrada em: 11/06/2025 20:13
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