Relações Brasil-México no contexto da ascensão regional norte-americana (1889-1917): aproximações, divergências e relações interamericanas
Brasil; México; Relações Internacionais; Relações Bilaterais; Diplomacia; Revolução Mexicana
O estudo que ora se apresenta tem como objetivo analisar as relações entre Brasil e México no contexto da ascensão regional dos Estados Unidos (1889-1917), observando a atuação de agentes diplomáticos e políticos no âmbito das relações bilaterais, refletindo sobre as aproximações, divergências e desenvolvimento das relações interamericanas. A partir desse esboço, a pesquisa se divide em três capítulos. No primeiro, apresenta-se o início das relações entre Brasil e México, as reservas que ambos países guardavam entre si, os esforços brasileiros no sentido de ser reconhecido como um país independente, a rivalidade entre projetos conservador e liberal de nação, comum aos dois países e as tratativas brasileiras no sentido de se projetar como parceiro comercial e diplomático. No segundo, descreve-se como os Estados Unidos conduziram sua política exterior em movimentos que evidenciaram a busca da hegemonia regional, em contraponto ao isolacionismo característico de sua política, a observação destes movimentos por parte do Brasil, o direcionamento da política exterior em função da mudança do eixo diplomático e a frustração brasileira diante da limitada inserção no contexto internacional. No terceiro, particulariza-se 0a atuação dos agentes diplomáticos no período da Revolução Mexicana, suas observações e ações, a reestruturação do México durante o processo revolucionário, a Constituição de 1917, a ascensão de uma nova classe dirigente e o estabelecimento de uma nova política exterior oportunizada pela aquietação da fase armada da Revolução.