Estudo de casos sobre conflitos cibernéticos no século XXI e o seu reflexo para a elaboração de um Plano de Continuidade de Negócios (PCN) no âmbito nacional.
Conflitos cibernéticos, Plano de Continuidade de Negócios (PCN), Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Imaginemos que Brasil estivesse sob ataque cibernético de grandes proporções. Como agir se o ataque afetasse o sistema financeiro, a matriz energética, os meios de transportes, as telecomunicações, a rede de dados, dentre vários outros setores sensíveis de uma nação. Uma ação de defesa tendo como base as leis internacionais ou as nacionais poderia ser uma decisão coerente, assim como uma resposta militarizada, com o uso até mesmo de armamentos reais. Essas suposições encontram respaldo na história recente do ciberespaço, são diversos fatores envolvidos que precisariam ser analisados para uma tratativa efetiva do conflito cibernético, principalmente se forem de grandes proporções, que possam impor risco de morte e a falência do funcionamento orgânico de toda uma sociedade. A pesquisa faz uma análise histórica de conflitos cibernéticos ocorridos a partir do início do século XXI em diferentes países ao redor do mundo, principalmente no leste europeu até o começo da invasão Rússia na Ucrânia, em março de 2022. O estudo de casos perpassa o conteúdo histórico em seu contexto real e as variáveis que o influenciaram, busca entender os mecanismos e as consequências de um ciberataque que dependendo do seu impacto, pode ser considerado um ato de guerra. O estudo também serve de base para apresentação de uma proposta de ação e reação conjunta dos diversos setores da sociedade civil e militar, com a presença do agente primário, o Estado e suas instituições, bem como da iniciativa privada, das representações estrangeiras, dentre outros envolvidos. Unificar todos esses agentes contra uma ameaça cibernética com o objetivo de elaborar um plano de continuidade de negócios em âmbito nacional é o cerne do desenvolvimento da tese deste trabalho.