Banca de DEFESA: Wátila Misla Fernandes Bonfim

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Wátila Misla Fernandes Bonfim
DATA : 04/07/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditorio do PPGHIS
TÍTULO:

 

AS ESTRATÉGIAS E SOCIABILIDADES DE ESCRAVIZADOS E LIBERTOS NO JULGADO DE NATIVIDADE, TOCANTINS, DOS SÉCULOS XVIII E XIX (1734-1850)


PALAVRAS-CHAVES:

 

Africanos em Natividade; Mestiçagem; Famílias; Irmandades; Compadrio.


PÁGINAS: 271
RESUMO:

 

Esta busca investigativa se debruça sobre o julgado de Natividade, antigo Norte de Goiás, atual estado do Tocantins, no período entre 1734, da época em que ouro era a principal atividade socioeconômica da região, até 1850, momento marcado por outras atividades como pecuária, roças, comércio. Para tanto, este trabalho pretende analisar as estratégias e sociabilidades articuladas por escravizados africanos, nascidos no Brasil e por forros. Dos primeiros, para alcançarem a liberdade e, uma vez livres, enfrentarem as barreiras do mundo hierarquizado dos não cativos. Após o descortinar de documentação jurídica-civil e eclesiástica, do cruzamento de documentos como: inventários, testamentos, livros de batismo, livros de termos de mesa da irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, processos-crime e a partir das abordagens qualitativas e quantitativas dos dados, além de fontes da história social, observou-se que os escravizados e forros do julgado de Natividade articulavam astúcias micropolíticas cotidianas com o intuito de uma vida melhor tanto para si, como para os seus. Muitas lutas eram geracionais e colhidas não no tempo presente. A maior parte dos africanos que vieram para Natividade provinha da África Ocidental. Eram Mina, que desembarcaram em Salvador e que trouxeram saberes além de corpos. Africanos e forros se organizavam em famílias e redes de afeto, ainda que não legitimadas pela igreja; participavam de irmandades religiosas como fuga da marginalização social, como o Rosário dos Pretos; se aliançavam com outros grupos sociais em relações de compadrio. Havia brechas, que nem todos alcançaram. Muitas mulheres crioulas e algumas africanas tiveram ascensão social. Uma Natividade marcada pela mestiçagem entre grupos de origens, condição e qualidades diversas, de pretos e pardos em sua maioria, que guardava hierarquias quanto às “cores” dos indivíduos nas relações de poder e de tratamento, onde, sobretudo, os sujeitos tanto cativos como libertos agenciavam suas vidas enquanto atores sociais e históricos de seu tempo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ROBERTO GUEDES FERREIRA - UFRRJ
Externo à Instituição - JONIS FREIRE - UFF
Interno - 1064470 - JOSE INALDO CHAVES JUNIOR
Presidente - 1805454 - MARCOS AURELIO DE PAULA PEREIRA
Interno - 1424378 - TIAGO LUIS GIL
Notícia cadastrada em: 10/06/2025 23:17
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