PPGHIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPTO HISTÓRIA Téléphone/Extension: Indisponible https://www.unb.br/pos-graduacao

Banca de DEFESA: ANA CLÁUDIA ALVES MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CLÁUDIA ALVES MARTINS
DATA : 30/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Defesa remota - Plataforma Teams
TÍTULO:

(IN) DISCIPLINANDO OS CÂNONES. DIÁLOGOS ENTRE MARIA BEATRIZ DO NASCIMENTO E CAROLINA MARIA DE JESUS


PALAVRAS-CHAVES:

intelectuais insubmissas, mulheres negras, interseccionalidade.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

A pesquisa apresentada versa sobre a conexão histórica de duas mulheres negras, ambientada na segunda metade do século XX. Estas mulheres, a partir de suas produções intelectuais, desnudaram narrativas outras, complementares e até mesmo contrárias às produzidas pelas lógicas brancas, eurocêntricas e patriarcais. A partir de suas inserções na intelectualidade, compartilharam de uma experiência histórica particular, tendo por norte os desdobramentos do racismo no pós-abolição. Nesse sentido, analisarei estes interditos que versam sobre suas produções intelectuais a partir dos debates sobre raça, classe e gênero. Maria Beatriz do Nascimento permeia o campo da História. Carolina Maria de Jesus, da Literatura. Destarte, temos duas intelectuais que experienciaram situações próximas, dadas as condições históricas dos negros e negras no país. Para além disso, é certo que fizeram de suas vivências constructo de sua produção intelectual, constituindo uma maneira outra de se pensar e escrever história/literatura. Todavia, os interditos raciais, de gênero e classe influenciaram na marginalização de suas produções por vários anos, principalmente, no que tange às elites cultural, racial e acadêmicas. Desse modo, as narrativas históricas e literárias convencionais, resultantes das relações de poder assimétricas em nossa sociedade, silenciaram estes corpos/sujeitas que questionavam seus epistemes constituídos. Sabe-se que Beatriz do Nascimento, com suas produções, desterritorializou os quilombos no Brasil estabelecendo conexões com a subjetividade dos sujeitos negros e negras. Ademais, pontuou uma continuidade histórica “dos quilombos às favelas”. Carolina Maria de Jesus foi habitante da favela do Canindé (SP), onde escreveu sua obra mais conhecida, Quarto de Despejo (1960). Outra possibilidade que se percebe centra-se no conceito de transmigração de Beatriz do Nascimento, o que viabiliza uma análise das migrações compulsórias de Carolina Maria de Jesus em diferentes regiões do Brasil, tanto como um olhar minucioso sobre suas produções escritas fragmentárias. Por fim, analisei como os conceitos e categorias de gênero, raça e classe podem ser lidos através de suas obras, assim como suas contribuições aos pensamentos feministas negros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2554178 - ANDERSON RIBEIRO OLIVA
Externo à Instituição - RENATA MELO BARBOSA DO NASCIMENTO
Externa ao Programa - 2558243 - RENISIA CRISTINA GARCIA FILICE - nullInterna - 1713766 - SUSANE RODRIGUES DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 03/07/2024 08:32
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