A plataformização da internet e a renovação do ensino de História: atualizando para deixar tudo como está?
Ensino de História; história digital; currículo
A pesquisa abrange, portanto, as mudanças nas diretrizes curriculares nacionais, em menor escala, nas práticas docentes e discentes (a partir de observação de aulas de História na SEEDF em 2021), bem como na pesquisa acadêmica sobre a interface ensino de história-digitalização, conforme organização presente no sumário no final do texto. O subtítulo “Atualizando para deixar tudo como está” faz referência à interpretação de Wendy Hui Kyong Chun, teórica da mídia e professora de Estudos de Mídia Moderna na Universidade de Simon Fraser no Canadá. Para a pesquisadora, o hábito de usar as redes sociais é cada vez mais profundo e naturalizado, o que leva à necessidade contínua de novas mídias para se desencadear mudanças – ser “atualizado para permanecer o mesmo” –; ou seja, mudar algumas configurações e estimular conteúdos polêmicos para manter o engajamento. Ela propõe que “Hábito + Crise = Atualização”, o que significa que crises – momentos que exigem respostas em tempo real – tornam as novas mídias valiosas e empoderadoras ao vincularem certas informações a decisões, pessoais ou políticas. A noção de “atualização” no subtítulo também destaca a relação entre o tempo presente e o ensino de História. Nesse sentido, podemos nos questionar se o ensino de História também não estaria se “atualizando para permanecer o mesmo”.