Banca de DEFESA: Vanessa Cristina Rosa Silva

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Vanessa Cristina Rosa Silva
DATA : 24/06/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM)/ UNB
TÍTULO:

Mamãs Parteiras: laços femininos e a autoridade do partejar em Angola


PALAVRAS-CHAVES:

Parteira; Tradição; Maternidade; Gênero; Mulheres; Parto; Autoridade; Poder; Angola;


PÁGINAS: 175
RESUMO:

Nesta dissertação, fundamentada em uma análise socioantropológica, traço um “retrato”
das parteiras tradicionais de Angola, abordando aspectos da realidade e refletindo sobre
papel social e a dimensão de atuação destas enquanto sujeitas políticas naquela
sociedade. Trata-se de um estudo descritivo, assentado em uma perspectiva etnográfica
e na análise das narrativas geradas em entrevistas semiestruturadas e abertas que se
associam às pesquisas bibliográficas e documentais, em que se colocaram os seguintes
questionamentos de pesquisa: quem são as mulheres que realizam os partos tradicionais
em Angola, também conhecidas como parteiras tradicionais ou mamãs parteiras? Quais
elementos definem seu papel social e a dimensão de sua atuação na sociedade? As
parteiras tradicionais angolanas ocupam, contemporaneamente, algum espaço de
autoridade e/ou poder na estrutura da sociedade, em particular nas esferas em que vivem
e exercem seu ofício de partejar? Partindo desses questionamentos, lançou-se um olhar
sobre o país e sobre as mulheres africanas que ali exercem o ofício do partejar
tradicional com base em lentes de autores decoloniais e estudos feministas de correntes
subalternas, especialmente autoras africanas que se dedicam a pensar gênero e
feminismo sem desconsiderar as particularidades de cada grupo social.
Em Angola, apesar de mais da metade dos partos serem realizados fora das unidades
oficiais de saúde, as parteiras tradicionais, praticamente, não são mencionadas nos
principais documentos oficiais que tratam da saúde reprodutiva, política materno
infantil ou temas afins. Apesar dessa invisibilidade e de inúmeros elementos sinalizarem
que as parteiras tradicionais angolanas vivem sob contextos de profunda vulnerabilidade
social a pesquisa apresentada apontou que elas são profundas conhecedoras da realidade
vivenciada pelas mulheres angolanas acerca da atenção ao parto e detentoras de um
poder e uma autoridade que está atrelado aos “Laços Sociais” estabelecidos e aos
conhecimentos colocados em prática no momento do parto.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 404700 - ANA MARIA NOGALES VASCONCELOS
Interno - ***.136.431-** - JOSE WALTER NUNES - NÃO INFORMADO
Interna - 1144924 - LEIDES BARROSO DE AZEVEDO MOURA
Externa à Instituição - Daniela Antonello Lobo D'Avila
Notícia cadastrada em: 22/05/2024 08:07
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app34.sigaa34