Banca de DEFESA: Wilson Humberto López Abanto

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Wilson Humberto López Abanto
DATA : 22/08/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de videconferência do IGD
TÍTULO:

PROVENIÊNCIA SEDIMENTAR DAS FORMAÇÕES PONTA GROSSA E SÃO DOMINGOS (DEVONIANO) DO NW DA BACIA DO PARANÁ (BRASIL): IMPLICAÇÕES REGIONAIS PARA OS EVENTOS T-R DO SW DE GONDWANA


PALAVRAS-CHAVES:

Bacia Paraná, formações  Ponta Grossa e São Domingos, U-Pb geocronologia, Isótopos Sr-Nd, Proveniência


PÁGINAS: 96
RESUMO:

A Bacia do Paraná é uma típica bacia intracratônica localizada na plataforma brasileira. Esta bacia registrou sedimentação do Ordoviciano ao Cretáceo. Três grandes variações do nível do mar de segunda ordem relacionadas à tectônica e eustasia ocorreram no sudoeste de Gondwana e também são reconhecidas na Bacia do Paraná. O primeiro desses eventos foi transgressivo e está relacionado à orogenia Precordillerana I. Na bacia do Paraná, a Formação Furnas está relacionada à elevação do nível do mar, e os folhelhos da Formação Ponta Grossa representam a superfície máxima de inundação para esta primeira transgressão. A segunda variação do nível do mar foi regressiva e está relacionada à orogenia Precordillerana II. Os arenitos do Membro Tibagi da Formação São Domingos foram relacionados à queda do nível do mar durante este segundo evento. O terceiro evento foi novamente transgressivo e está relacionado a uma elevação global do nível do mar. Este evento tem sido relacionado com os Folhelhos da parte superior da Formação São Domingos. Como existe uma relação bem restrita entre a estratigrafia e as variações do nível do mar para a Bacia do Paraná durante o Devoniano, esta dissertação de mestrado foi desenvolvida para testar essas variações do nível do mar com estudos de datação UPb em zircão detrítico e isotopia Sr-Nd. Cinco amostras da parte norte da bacia do Paraná, incluindo duas da Formação Ponta Grossa, dois do Membro Tibagi e um da Formação São Domingos. Para nossa discussão, levamos em consideração: 1) dados de paleocorrentes indicando que a principal proveniência para a parte norte da bacia do Paraná era do ENE-W, e subordinada do E; e 2) assumimos que a configuração paleogeográfica atual da bacia é um substituto para a paleogeografia durante o Devoniano. Isso permite classificar as prováveis fontes em próximo, intermediária e distais: o Arco Magmático de Goiás (~630 Ma) representaria uma fonte próximo, a Serra da Mesa, o Grupo Paranoá e o Bloco Goiás (~1770 Ma e 2100 Ma para a Serra da Mesa, e apenas ~2100 Ma para o Grupo Paranoá, e ~2420 Ma para o Bloco Goiás) representariam fontes intermediárias; e o Grupo Trairas (~1520 e 2604 Ma), o Cinturão Sunsas (~900-1200 Ma) e o magmatismo Famatiniano (~435 Ma) poderiam representar fontes distais/muito distais, respectivamente. A principal diferença entre os padrões de proveniência das três unidades é um pico de idade de ~2604 Ma, que só é observado na parte superior da Formação São Domingos e provavelmente pode estar relacionado ao Grupo Trairas. Como a parte superior da Formação São Domingos registrou o segundo evento transgressivo, este pico está relacionado a uma fonte muito distais, como o Grupo Trairas, que representaria o embasamento da Faixa Brasília ao NE, hoje ~500 km da bacia. O pico em ~435 Ma que foi observado na Formação Ponta Grossa (4% zircão), Tibagi (3% zircão) e Formação São Domingos (6% zircão), mas não na Formação Furnas subjacente, pode ser explicado como fonte direta do Arco Magmático Famatiniano, localizado a ~1100 km de distância ou zircões com essas idades derivadas do retrabalhamento da Bacia do Tarija, que se localiza a cerca de 650 km a oeste e possivelmente estava ligada à Bacia do Paraná no Devoniano. Também as relações 87Sr/86Sr(380) e os valores de TDM mostram uma diminuição quando há contribuições de fontes mais jovens, como é o caso da Formação Ponta Grossa e da parte superior da vi Formação São Domingos onde há maior presença de fontes muito jovens, fontes associadas ao Arco Magmático Famatiniano. Assim, fontes distais/muito distais são observadas para a primeira transgressão, representada pela Formação Ponta Grossa, e então registradas novamente para a segunda transgressão na parte superior da Formação São Domingos. Podemos concluir que a análise de proveniência U-Pb em zircão detrítico e isótopos Sr - Nd pode ser aplicada para reconhecer as variações do nível do mar em uma bacia.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 113.138.381-87 - CARLOS JOSE SOUZA DE ALVARENGA - AMU
Externa à Instituição - EDI MENDES GUIMARAES
Externo à Instituição - MIGUEL ANGELO STIPP BASEI - USP
Presidente - 1897668 - NATALIA HAUSER
Notícia cadastrada em: 16/08/2022 10:44
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