Banca de DEFESA: André Sena de Oliveira

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : André Sena de Oliveira
DATA : 17/11/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de videoconferência do IGD
TÍTULO:

Fábrica magnética dentro e fora de um Cráton: Insights a partir de dados aeromagnéticos da Faixa Gurupi, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Faixa orogênica, Faixa Gurupi, Cráton São Luís, magnetometria, padrão deformacional.


PÁGINAS: 77
RESUMO:

As fronteiras entre Cráton e Faixa Móvel consistem em regiões geologicamente ativas e registram, após sua história evolutiva, uma complexa superposição de eventos deformacionais. O Cráton São Luís e a Faixa Gurupi, localizados no norte do Brasil, são exemplos de terrenos Pré-Cambrianos que apresentam evidências de uma complexa história deformacional derivada das orogenias Paleoproterozóica, Neoproterozóica e posterior fragmentação do Cráton Oeste Africano com a abertura do Oceano Atlântico. No entanto, a compreensão dos estilos deformacionais do Cráton São Luís e da Faixa Gurupi permanece pouco compreendida. Nesse contexto, este estudo faz uma abordagem multidisciplinar que integra dados aerogeofísicos de alta resolução à dados geológicos existentes para investigar as deformações e mecanismos atuantes na evolução do Cráton São Luís da Faixa Gurupi. O processamento dos dados aeromagnéticos resultou em diferentes profundidades para a região: 22 km, 5.7 km e 0.53 km. Para a maior profundidade, quatro domínios geofísicos foram definidos, no qual a fronteira entre o Cráton São Luís e a Faixa é dado pelo lineamento WSZ de direção NW-SE, enquanto no Cráton São Luís três domínios com direções E-W a NE-SW foram encontrados. Nas profundidades mais rasas da área estudada, os lineamentos magnéticos definiram padrões deformacionais dúcteis. Sobre o Cráton São Luís os lineamentos magnéticos variam de E-W a NE-SW e são interpretados como evento deformacional D1. Sobre a Faixa Gurupi, os padrões deformacionais são sigmoidais com cinemática sinistral, associados a zonas de cisalhamento Tentugal com direção NW-SE, e são interpretados como evento deformacional D2. O terceiro evento deformacional com direção N-S e E-W foi associado ao terceiro evento D3 com regime rúptil-dúctil. A partir do modelo digital de elevação e do sinal analítico, os lineamentos de superfície revelam um par conjugado de falhas na direção NE-SW e NW-SE e, a partir das soluções de Euler, as profundidades demonstram ser inferiores a 500 m. Adicionalmente, ocorrências e depósitos auríferos localizados na Faixa Gurupi estão distribuídos espacialmente na direção NW-SE de caráter dúctil e em direções secundárias N-S de caráter rúptil. Por fim, após análise cinemática da região e sua correlação com outras partes do mundo, sugere-se que esta região deve ser inserida dentro do modelo de ciclo de supercontinentes, do Paleoproterozóico e Neoproterozoico, em escala global.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1555904 - CATARINA LABOURE BEMFICA TOLEDO
Interno - 1303786 - ELTON LUIZ DANTAS
Externo à Instituição - ROBERTO VIZEU LIMA PINHEIRO - UFPA
Interno - 1057547 - VALMIR DA SILVA SOUZA
Notícia cadastrada em: 16/11/2022 12:16
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