Banca de DEFESA: Michele Andriolli Custódio

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Michele Andriolli Custódio
DATA : 19/12/2023
HORA: 11:00
LOCAL: Auditório do Instituto de Geociências
TÍTULO:

Evolução sedimentar Cenozoica do sistema fonte-sedimentaçãoAndes-Amazônia-Margem Equatorial Sul-Americana.


PALAVRAS-CHAVES:

Paleogeno; norte da plataforma da América do Sul; Bacia da Foz do Amazonas; paleogeografia, proveniência sedimentar.


PÁGINAS: 324
RESUMO:

O sistema fonte-sedimentação (S2S) Andes-Amazônia-Margem Equatorial SulAmericana (AAMESA), que se estende por cerca de 3.200 km e está localizado ao norte da plataforma Sul-Americana, é um dos maiores sistemas S2S do mundo. Atualmente, o sistema AAMESA é controlado pelos Andes do ponto de vista sedimentar, pois 95% do fluxo médio anual de sedimentos suspensos fornecidos pela Amazônia ao Oceano Atlântico provêm de afluentes Andinos. Apesar dos avanços científicos que detalham as influências dos processos de construção e erosão dos Andes na sua origem, evolução e registro sedimentar do sistema S2S AAMESA desde o final do Cretáceo ao início do Paleoceno na Amazônia Ocidental e o estabelecimento do rio Amazonas transcontinental no final do Mioceno (Neógeno) na Amazônia Oriental, a história geológica e, em particular, as configurações pré-Neogeno e Plioceno do sistema AAMESA ainda não foram esclarecidas. O principal objetivo desta tese é propor uma reconstrução paleogeográfica do sistema Andes-Amazônia-Margem Equatorial durante o Cenozoico, com base em novos dados estratigráficos, sedimentológicos e de proveniência sedimentar obtidos de uma das bacias que constituem o sistema de bacias do foreland do retroarco Amazônico (Bacia Huallaga, norte do Peru) e da principal bacia da margem equatorial amazônica (Bacia da Foz do Amazonas). Mostramos que, do Paleoceno ao Eoceno Inferior (Daniano - Ypresiano) (66 – 43.5 Ma), desenvolveu-se um hiato deposicional nas bacias do retroarco Amazônico ligado a um episódio de quiescência tectônica nos Andes. Essa quiescência tectônica é contemporânea da formação das superfícies lateríticas "SulAmericanas" na Amazônia Central e das baixas taxas de sedimentação na Bacia da Foz do Amazonas. A retomada da elevação e da erosão dos Andes peruanos no Eoceno médio a tardio (Luteciano - Bartoniano) (43.5 – 37.6 Ma) foi registrada na sedimentação da bacia de foreland do retroarco Amazônico pela presença de detritos dos arcos magmáticos da Cordilheira Ocidental e por uma transgressão Bartoniana marcada pela presença de depósitos de maré em depósitos lacustres continentais. O início da elevação da Cordilheira Oriental está registrado nos sedimentos da bacia de foreland do retroarco Amazônico (Bacia Huallaga) há 30 Ma, no Rupeliano. Do Rupeliano ao Mioceno Médio, a Cordilheira Oriental continuou a se elevar, criando um relevo topográfico capaz de atuar como uma barreira orográfica aos fluxos atmosféricos do Oceano Atlântico. Essa elevação contínua pode ter levado à presença de climas mais úmidos no oeste da Amazônia, o que poderia ter favorecido a formação de superfícies lateríticas na Amazônia Central entre o Oligoceno e o Mioceno Inferior, em relação à intensa fase de alteração que ocorreu entre 30 e 18 Ma. Nossos dados de proveniência registram um novo período de exumação da Cordilheira Oriental desde o Mioceno Superior até os dias atuais. Esse período de rejuvenescimento do relevo da Cordilheira Oriental está ligado a um período de propagação do prisma orogênico amazônico em direção ao cráton. Isso levou a uma reorganização da rede de drenagem Amazônica e é provavelmente uma das forças motrizes por trás da transcontinentalização da Amazônia no Mioceno Médio-Superior. Por fim, o sistema AAMESA não existia em termos de "source-to-sink" (S2S) até o Mioceno tardio, com o estabelecimento transcontinental do rio Amazonas. O período anterior foi marcado pelo domínio de dois sistemas diferentes, representados pelo cráton Amazônico Oriental e pela região NE da América do Sul (província Borborema, cráton São Luís, cinturão Gurupi).


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DILCE DE FÁTIMA ROSSETTI - INPE
Externo ao Programa - 3342517 - ADRIANO DOMINGOS DOS REIS - nullInterno - 1178074 - GUILHERME DE OLIVEIRA GONCALVES
Externo à Instituição - JÉRÔME VIERS - UPS
Presidente - 418662 - ROBERTO VENTURA SANTOS
Notícia cadastrada em: 13/12/2023 16:20
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app39_Prod.sigaa33