CONTRIBUIÇÃO À PETROGÊNESE DO MAGMATISMO BASÁLTICO APOTERI, RIFTE TACUTU (RR)
Cráton Amazônico, Rifte Tacutu, magmatismo basáltico, Formação Apoteri, fragmentação continental.
O rifte continental Tacutu, localizado entre o Brasil e Guiana está relacionado ao processo de abertura do Oceano Atlântico Centra. No lado brasileiro, durante o estágio pré-rifte, o vulcanismo basáltico (Formação Apoteri) associado a um sistema flúvio-deltaico ocorrido dentro de um domínio de rifte pobre em magma. Ao menos dois pulsos magmáticos foram registrados (Ap1 e Ap2), ao qual possui basalto subalcalino a andesito-basalto, assim como toleiíto continental calcialcalino e assinaturas químicas intraplacas. Entretanto, Ap1 apresenta textura afanítica a fina porfirítica, enquanto Ap2 possui notável textura vesicular. Ap1 possui baixo MgO, alto Ti, Zr e ETR, enquanto Ap2 possui alto Mg, alto Ti, Zr e ETR. Indicadores geoquímicos e isotópicos apontam para diferentes taxas de contaminação crustal entre os pulsos magmáticos Ap1 e Ap2, provavelmente relacionada ao tempo de residência crustal marcado por diferentes valores negativos de ƐNd. A arquitetura interna da falha (horst-gráben) e suas movimentações durante o rifteamento Tacutu controlaram o volume e a acomodação dos pulsos magmáticos basálticos. No Brasil, o vulcanismo basáltico Apoteri apresenta características subaéreo, com alguns graus de explosividade durante o pulso Ap2, associado ao sistema flúvio-deltaico, enquanto na Guiana ocorre principalmente um vulcanismo subaquático associado a um sistema deltaico-marinho.