Evolução temporal da temperatura em áreas urbanas do Distrito Federal que possuem ocupação e desenho urbano distintos
Temperatura urbana; Morfologia Urbana; Sensoriamento Remoto.
A falta de planejamento de cidades, ocupação desordenada, pequena quantidade de verde urbano e densa morfologia construtiva podem resultar em altas temperaturas urbanas, que podem gerar impactos significativos na saúde humana, no consumo de energia e no meio ambiente. O fenômeno Ilhas de Calor possui influência na temperatura que se superpõe a qualquer variação climática de escala regional ou mesmo global. O objetivo do estudo é avaliar a evolução temporal da temperatura em cidades do Distrito Federal que possuem ocupação e morfologia urbana distintas em escala local. Para isso foram selecionadas cinco regiões com diferenças construtivas, morfológicas e sociais para analisar o comportamento da temperatura ao longo de 20 anos. Foi utilizada a linguagem de programação Python no ambiente Google Colab, associado ao Google Earth Engine code editor (GEE). Os dados de temperatura de superfície foram obtidos pelo sensor MODIS. O comportamento da temperatura das regiões estudadas se mostrou semelhante entre si, apesar das diferenças de ocupação do solo. No entanto, regiões mais densamente ocupadas e com menores porções de vegetação apresentaram temperaturas mais elevadas. Núcleos urbanos planejados tendem a ser mais agradáveis termicamente, entretanto, o planejamento não garante o bem-estar social, pois centros urbanos socioeconomicamente vulneráveis podem ser planejados, mas segregados socio espacialmente, refletindo na qualidade de vida e desconforto térmico das populações. Assim, o conhecimento do histórico socioespacial é de grande importância em estudos climatológicos.