Banca de DEFESA: Reizane Maria Damasceno da Silva

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Reizane Maria Damasceno da Silva
DATA : 29/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

Poluição do ar e mortalidade por COVID-19 no Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Poluição do ar; MP2,5, NO2; O3; SARS-CoV-2; pandemia.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A exposição a poluentes atmosféricos tem sido associada a infecções respiratórias virais, incluindo sarampo, rinovírus, influenza, papeira, e vírus sincicial respiratório. Estudos epidemiológicos na América do Norte, Europa e Ásia sugerem que a exposição à poluição do ar está associada ao aumento da infecção à SARS-CoV-2 e à mortalidade associadas a COVID-19. No entanto, poucas investigações sobre esse tópico foram feitas na América do Sul. O objetivo do estudo, foi avaliar o impacto da poluição do ar nos óbitos por COVID-19 em residentes dos municípios brasileiros com efeito potencial da exposição ao material particulado com diâmetro inferior a 2,5m (MP2,5), dióxido de nitrogênio (NO2) e ozônio (O3). Foi aplicado modelos mistos binomial negativo com inflação de zeros, utilizando as mortes associadas à COVID-19 a nível municipal como desfecho e a média a longo prazo (um ano e dois meses) de MP2,5, NO2, e O3 como exposição. Um efeito randômico para o intercepto com variação por estado foi incluído para contabilizar a potencial correlação das mortes associadas à COVID-19 entre os municípios dentro do mesmo estado. Depois de ajustar o modelo por vários fatores potenciais de confusão, incluindo variáveis meteorológicas, características demográficas, aspectos socioeconômicos, e condições de saúde, foi estimada uma relação positiva entre as mortes por COVID-19 e MP2.5 no Brasil. Em contraste, NO2 mostrou associações negativas em todas as análises e O3 mostrou uma associação positiva marginal. O MP2,5 foi o único poluente com associações positivas em todas as análises (modelos de monopoluente, bipoluente e tri-poluente). Para o modelo monopoluente, na análise principal, estimou-se que um aumento de 1 µg/m3 na concentração de MP2,5 foi associado a um aumento de 10,22% (95% IC: 9,35; 11,09) nas mortes por COVID-19. No modelo bi-poluente, a associação entre a mortalidade de COVID-19 e MP2,5 apresentou-se semelhante ao modelo monopoluente, enquanto no modelo tri-poluente constatou-se um aumento estimado de 12,31% (95% IC:11,41; 13,22) nas mortes por COVID-19. O3 teve associação positiva apenas no modelo bi-poluente controlado por NO2, com um aumento estimado de 14,98% (95% IC:13,10; 16,89) nas mortes na COVID-19. Como sugerido pela literatura de outros países, os resultados desta pesquisa indicaram que a poluição atmosférica é um importante co-fator no qual pode aumentar o risco de mortalidade da COVID-19 no Brasil. Os efeitos da poluição atmosférica no Brasil são pronunciados, indicando a necessidade de melhores políticas de controle da qualidade do ar.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO JABLINSKI CASTELHANO - UFRN
Externo ao Programa - 2764698 - CARLOS HENRIQUE RIBEIRO LIMA
Interno - 1495411 - HENRIQUE LLACER ROIG
Presidente - 722.705.941-34 - WEEBERB JOAO REQUIA JUNIOR - UnB
Notícia cadastrada em: 26/07/2022 09:56
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