Avaliação de algoritmos de correção atmosférica em imagens multispectrais para estudos em corpos d’água interiores
Palavras-chave: Qualidade da água; Corpos d’água interiores; Sensoriamento remoto; Correção atmosférica;
Sabe-se que a aplicação do sensoriamento remoto para estudos de qualidade da água, principalmente em corpos d’água interiores, é um grande desafio devido à baixa resposta espectral desses alvos e das interferências da atmosfera na resposta espectral do alvo. No entanto, com o desenvolvimento dos sensores orbitais com relação as resoluções temporal, espacial, espectral e radiométrica e os diversos algoritmos de correção atmosférica desenvolvidos, a aplicabilidade da ferramenta de sensoriamento remoto se torna uma excelente opção para detectar contaminações pontuais e que variam ao longo do tempo. Dessa forma, no decorrer desse estudo foram aplicados seis algoritmos de correção atmosférica para, a partir das análises estatísticas de análise discriminante e covariância, conseguir determinar qual o algoritmo torna mais precisa a resposta espectral do alvo e qual algoritmo é melhor aplicado para análises que considerem mudanças na qualidade da água em uma janela temporal específica. Os algoritmos testados foram: FLAASH, 6S, L8SR, Aquatic Reflectance (USGS), ACOLITE e Sen2Cor v2.5.5, e desses o mais acurado em relação aos dados de Reflectância de superfície de referência coletados in situ foi o Second simulation of a Satellite Signal in the Solar Spectrum (6S), segundo a análise discriminante realizada. No entanto, quando se trata de realizar análises considerando a variação temporal da qualidade da água, alguns algoritmos, ao realizarem as correções, mascaram quase toda a resposta espectral da água que é baixa, então esses podem ser precisos, mas não são as melhores opções quando se busca entender as variações das concentrações dos Compostos Opticamente Ativos em corpos d’água interiores.