MELHORIA NA CAPACIDADE DE DETECÇÃO DA ESTAÇÃO INFRASSÔNICA DE BRASÍLIA E DISCRIMINAÇÃO DE EVENTOS TECTÔNICOS DE EXPLOSÕES EM PEDREIRAS, UTILIZANDO A TECNOLOGIA INFRASSÔNICA
Infrassom; Estação I09BR; PrepCom-CTBTO; Estações infrassônicas colocalizadas, discriminação de evento
A única estação de infrassom no Brasil, denominada I09BR, localizada em Brasília e operada pelo Observatório Sismológico (SIS) da Universidade de Brasília, em parceria com a Comissão Preparatório para a Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (PrepCom/CTBTO), enfrenta limitações de detecção devido à sua configuração. Com apenas quatro elementos em seu arranjo, uma abertura de mais de 2 km, situados em meio a vegetação rasteira, a estação tem restrições em detectar eventos locais e regionais. Para melhorar a sensibilidade e padronização, o Secretariado Técnico Provisório da PrepCom/CTBTO está modernizando as estações globais de infrassom, aumentando o número de elementos. A primeira parte do nosso trabalho está envolvida na identificação de locais adequados para esses elementos, avaliando suas respostas e medindo os níveis de ruído. Simulações com um subarranjo de cinco novos elementos, adicionados ao arranjo da estação de infrassom brasileira, mostram melhorias significativas na detecção. Com novas interdistâncias entre 150 e 900 metros a partir do elemento central desta estação, o número de detecções aumenta consideravelmente e o aliasing espacial diminui, demonstrando o potencial de aprimoramento da Estação I09BR. Além disso, a tecnologia de infrassom é utilizada para ajudar a discriminar entre eventos naturais (tectônicos) e eventos artificiais (explosões), mesmo quando próximos. A colocalização de estações sísmicas e de infrassom tem se mostrado eficaz, fornecendo uma maneira valiosa de distinguir esses eventos. Na segunda parte deste trabalho, apresentamos um método simples e útil para ajudar a discriminar esses dois tipos de eventos, usando estações co-localizadas em Sete Lagoas/MG. Os registros obtidos mostram que eventos tectônicos de baixa magnitude não geram sinais infrassônicos.