Prevalência de alterações pulmonares na Síndrome pós-covid-19: Revisão sistemática de estudos observacionais após quadro moderado a crítico de covid-19.
covid-19; covid longo; síndrome pós-covid 19; tomografia; fibrose pulmonar; doença pulmonar crônica.
A covid-19 é uma infecção respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2. O comprometimento sistêmico na fase aguda da doença pode ser classificado em leve, moderado, grave ou crítico. Uma parcela dos pacientes pode permanecer sintomática ou reapresentar sintomas diversos após 3 meses do diagnóstico da doença, caracterizando Síndrome pós-covid-19. Exames médicos complementares auxiliam no manejo clínico desses pacientes. Tomografia computadorizada do tórax e testes de função pulmonar como a espirometria e a capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLco) são frequentemente utilizados para esse fim. Muitas pesquisas foram desenvolvidas para estudar as alterações apresentadas nesses exames em pacientes com Síndrome pós-covid-19. Esta revisão sistemática de estudos observacionais analisou os resultados dessas pesquisas expandindo e atualizando as informações até então disponíveis na literatura científica. Nosso esforço visa contribuir com a tomada de decisão em saúde e embasar novas pesquisas na área. Realizamos análise descritiva de 44 estudos primários (coortes e estudos caso-controle) publicados entre janeiro de 2020 e janeiro de 2024 em 14 bases de dados. Observamos a prevalência de alterações em tomografia de tórax e em testes de função pulmonar nos estudos primários. Calculamos a relação entre esses achados e a gravidade da fase aguda da covid-19. Calculamos a relação entre a gravidade da fase aguda e a redução na função pulmonar apresentada pelos pacientes acompanhados nos estudos de nossa amostra. Por fim, sumarizam o risco relativo de persistência de alterações tomográficas após quadro moderado a crítico de covid-19 3, 6 ou 12 meses do diagnóstico inicial.