Como as infâncias pensam, representam e territorializam a escola?
Reflexões a partir das narrativas de crianças de uma escola de Brazlândia/DF
Crianças, Protagonismo Epistêmico, Escola Classe, Territórios das infâncias, Educação do Campo
Esta pesquisa tem por objetivo compreender como as crianças que frequentam uma Escola Classe, localizada em Brazlândia, no Distrito Federal (DF), expressam seus pensamentos e percepções sobre a instituição escolar. A metodologia utilizada é a Sociopoética de Jacques Gauthier (2012), que constitui um método de pesquisa cooperativa e coletiva, voltada para decolonização da pesquisa e dos saberes. Assim, a partir de uma abordagem decolonial em educação, busca-se compreender: o que as crianças pensam sobre a escola e como representam suas percepções sobre ela? A pesquisa contribui para valorizar e conferir visibilidade ao protagonismo das crianças no ambiente escolar, enquanto sujeitos ativos que constroem suas próprias percepções e leituras de mundo (Lopes, 2006, Noguera, 2019). A partir desse protagonismo epistêmico, as crianças oferecem valiosas perspectivas para o desenvolvimento de análises sobre a escola como uma territorialidade central das infâncias, onde se processam parte importante das suas experiências e vivências educativas.