"Imagens grotescas do feminino: uma cartografia no digital"
Feminino grotesco; Cultura digital; Transmidiação; Educação estética e visual; Cartografia.
A cultura digital redefine o conceito de grotesco feminino, fornecendo telas brancas para a autoexpressão, subversão e feminilidade não convencionais. Isso resulta em uma arte contemporânea rica, com múltiplas interpretações e possibilidades criativas, revelando-se como um processo dinâmico e em constante evolução. As imagens do grotesco feminino podem ser interpretadas como um processo que atravessa o digital, conduzido por um ato criativo e disruptivo, ressignificando-se em diferentes plataformas. Esta tese investiga como as tecnologias digitais e mídias sociais (re)configuram normas estéticas e comportamentais, ampliando-as ou subvertendo-as por meio de imagens grotescas do feminino, e explora como a cultura digital possibilita a emergência de narrativas alternativas e resistências às estruturas dominantes. O objetivo geral é mapear transmidiações do grotesco feminino na cultura digital, por meio de dois movimentos cartográficos: imagens concebidas por Inteligência Artificial e imagens produzidas por artistas que subvertem padrões hegemônicos de feminilidade, destacando o papel da educação estética para compreender os atravessamentos do grotesco feminino. Os objetivos específicos são: compreender o grotesco como categoria estética, desconstruindo a binaridade de belo e feio; analisar o grotesco feminino historicamente e socialmente; e interpretar as manifestações imagéticas do grotesco feminino em diferentes formas de expressão artística no ciberespaço. É no ciberespaço, território de interação complexa, onde as fronteiras entre a realidade e o virtual se diluem, que serei observadora das manifestações do grotesco feminino: um fenômeno complexo que desafia convenções e amplia as possibilidades de expressão e subversão, emergindo no digital, um universo multifacetado que, assim como o grotesco, é metamórfico e ressignifica corpos, identidades e subjetividades.