PSICOLOGIA ESCOLAR E SUBJETIVIDADE: articulando abordagem teórica e prática profissional.
Psicologia Escolar. Configuração subjetiva. Personalização do conhecimento. Emergência de Sujeito. Recursos subjetivos
Nas últimas décadas muito se tem debatido sobre a necessidade de mudanças nas práticas da Psicologia Escolar, como alternativa a um modelo individualista e reducionista dominante por longos anos neste campo de atuação. Apesar da vasta literatura desta área sinalizando caminhos alternativos, desenvolver o trabalho no contrafluxo desta tendência ainda tem sido um desafio para muitos(as) psicólogos(as) escolares. Sendo assim, a presente tese de doutorado teve como objetivo compreender a configuração subjetiva da profissionalidade de uma psicóloga escolar, em sua relação com as práticas da Psicologia Escolar, com vistas a contribuir com reflexões que favoreçam novas compreensões sobre esta área. Para tanto, o estudo foi ancorado na Teoria da Subjetividade Cultural-Histórica, na Epistemologia Qualitativa e no Método Construtivo-interpretativo. A pesquisa foi desenvolvida ao longo de um ano, por meio de um estudo de caso com uma psicóloga escolar atuante no Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem da Secretaria de Educação do Distrito Federal. A construção interpretativa envolve quatro núcleos que contribuíram para a elaboração do modelo teórico que permitiu a proposição da tese de que a atuação do(a) psicólogo(a) escolar na perspectiva ampla e abrangente requer, não somente a presença de uma concepção contra-hegemônica e de conhecimentos teóricos e operacionais, mas, também, a emergência de recursos subjetivos favorecedores de novas produções subjetivas que levem a caminhos alternativos, cujas produções subjetivas podem ser geradas em espaços de formação em serviço, desde que fundamentada em teoria que considera os processos subjetivos.