Educação em Direitos Humanos e Militarização de Escola Pública em Águas Lindas de Goiás: Uma Análise a partir da Escuta de Estudantes
Militarização de escolas públicas, Projeto escola cívicomilitar, educação, educação em direitos humanos e direitos humanos.
A presente Dissertação, tem como objetivo: analisar a implementação da política de militarização nas Escolas Públicas, o projeto Escola cívico-militar, no Município de Águas Lindas de Goiás e a possível contraposição à Educação em Direitos Humanos. Vamos analisar se a política de militarização de escolas, através do Projeto Escola Cívico-Militar, sucumbe dos segmentos escolares de discentes o direito à educação, bem como as relações interculturais e sociais. Para que a investigação não se distancie da proposta traçamos os seguintes objetivos, sendo o geral – analisar a implementação da política pública de militarização nas Escolas de Educação Básica no Município de Águas Lindas de Goiás e a possível contraposição à Educação em Direitos Humanos e especificamente. Buscar respostas para que os objetivos específicos possam ser esclarecidos sendo: A) Conhecer o contexto socioeconômico e educacional das escolas militarizadas no município de Águas Lindas de Goiás; B) identificar mudanças no processo pedagógico e comportamental dos estudantes de uma escola pública militarizada; C) investigar o processo de implementação da militarização nas escolas públicas da educação básica em Águas Lindas de Goiás e a relação de Educação em Direitos Humanos. Com o intuito de lançar luz as possíveis violências presentes no processo de militarização das escolas bem como o retrocesso do pensamento da educação pública. A pesquisa foi pautada no olhar progressista, laico e plural, realizamos esta investigação nos aproximando do método do Materialismo Histórico-Dialético e de instrumento de pesquisa que fosse possível a fala dos sujeitos que nunca são ouvidos e vistos, neste caso, os estudantes das escolas públicas que aderiram ao projeto cívico-militar. Escutar os estudantes da Escola cívico-militar de Águas Lindas de Goiás, não foi uma tarefa fácil, primeiro pelas questões sanitárias impostas pela pandemia da COVID 19, segundo pela pouca colaboração da equipe gestora da escola. A pouca empatia demostrada com a nossa pesquisa, a não facilitação de acesso a escola e aos documentos que normatizam o projeto cívico-militar na unidade escolar em estudo, materializa-se a violação aos direitos básicos dos cidadãos, direito a informação, desinteresse pela ciência e pela formação continuada.