A Subjetividade Social que constitui a atuação do Pedagogo na Escola
Subjetividade Social; Pedagogo; EEAA; Queixa Escolar; Dificuldade de Aprendizagem
Essa pesquisa parte de pressupostos teóricos-epistemológicos sobre a interlocução Psicologia-Pedagogia no ambiente escolar e a patologização da dificuldade de aprendizagem como aspectos que colaboram para uma maior demanda de estudantes com queixas escolares a serviços de apoio como o prestado por pedagogos da Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem – EEAA, na SEEDF. Essa alta demanda está ligada muitas vezes a paradigmas hegemônicos que consideram na aprendizagem apenas os aspectos cognitivos e que desconsideram a heterogeneidade do espaço educativo. Na escola, a ampliação do entendimento dos aspectos subjetivos que participam da aprendizagem fundamentado nos estudos da Teoria da Subjetividade numa perspectiva cultural-histórica elaborada por González Rey representa uma outra possibilidade para a atuação do pedagogo. Tendo como objetivo central a compreensão de como a subjetividade social de uma escola pública do Distrito Federal se expressa nas ações desempenhadas pelos pedagogos da Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem – EEAA. Para tanto, o estudo fundamentado na Epistemologia Qualitativa e na Metodologia Construtivo-Interpretativa formulada por González Rey foi essencial para explicitar a configuração da Subjetividade Social da escola e seu impacto no trabalho das pedagogas da EEAA. O entendimento dessa lógica configuracional, deu visibilidade a sentidos subjetivos gerados/produzidos no cotidiano escolar desde aqueles que emergiram a partir de momentos institucionalizados como também aqueles subjetivados a partir das relações com os outros e com a prática. Para os pedagogos, o conhecimento da Subjetividade Social da escola, apresentou-se como uma nova alternativa de atuação, evidenciando a necessidade de seu protagonismo para a organização do trabalho pedagógico.