Banca de DEFESA: PAOLA MARIEL MONASTERIO DE LA MENZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAOLA MARIEL MONASTERIO DE LA MENZA
DATA : 31/10/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de Reunião 01 - FE-03
TÍTULO:

Inclusão de adolescentes em sofrimento subjetivo em uma escola pública no período pós-pandêmico: um estudo de caso


PALAVRAS-CHAVES:

Sofrimento subjetivo; subjetividade; adolescentes; escola; saúde mental


PÁGINAS: 150
RESUMO:

Os processos de saúde mental no contexto escolar vêm sendo discutidos em diversas pesquisas e são motivo de preocupações nas práticas educacionais. O estudo desses processos demanda um olhar que articule educação, saúde mental e desenvolvimento humano, com o intuito de favorecer o avanço em caminhos de inteligibilidade sobre processos de sofrimento subjetivo de adolescentes para uma compreensão complexa das diversidades e das singularidades dos adolescentes no espaço escolar póspandêmico. À luz da Teoria da Subjetividade em uma abordagem histórico-cultural de Fernando González Rey, esta pesquisa teve como objetivo compreender como se configuram subjetivamente quadros de sofrimento subjetivo de adolescentes em uma escola da rede pública de ensino do Distrito Federal do Brasil no contexto póspandêmico, tendo como foco a elaboração de princípios e estratégias educativas que favoreçam o desenvolvimento subjetivo nesse contexto, além da patologização. A partir da Metodologia Construtivo-Interpretativa, fundamentada na Epistemologia Qualitativa, foi abordada a configuração subjetiva social do sofrimento de adolescentes em uma escola pública do Distrito Federal e a configuração subjetiva individual do sofrimento de um estudante por meio de um estudo de caso. A pesquisa envolveu um trabalho de campo de 08 meses em um Centro de Ensino Fundamental do Distrito Federal do Brasil. Nesse processo, a pesquisadora participou de diversas atividades do cotidiano da escola, o que possibilitou a criação de um vínculo com a equipe pedagógica, gestores, famílias e estudantes que gradualmente se tornaram participantes da pesquisa. Diferentes instrumentos de pesquisa foram utilizados: dinâmicas conversacionais, diálogo sobre músicas, diálogo sobre desenhos, dialogo sobre histórias em quadrinhos, cartografia corporal e técnica de complemento de frases. Esses instrumentos visaram favorecer momentos dialógicos que permitissem a abordagem de temas importantes para o estudo, favorecendo uma participação engajada, crítica e reflexiva do participante. Os resultados da pesquisa são apresentados em dois eixos temáticos. No primeiro eixo temático, abordamos a configuração subjetiva social do sofrimento de adolescentes e possíveis práticas educativas orientadas ao desenvolvimento. Concluímos que a configuração dominante do sofrimento subjetivo de adolescentes na escola está marcada pela fragilidade da comunicação sobre problemas de saúde mental assim como pela medicalização e patologização como resposta rápida e superficial para a resolução de conflitos emocionais, sociais e de aprendizagem. No segundo eixo temático abordamos a configuração subjetiva individual do sofrimento de um adolescente e possíveis recursos para o desenvolvimento subjetivo. Enfatizamos aqui, o protagonismo subjetivo de um indivíduo frente a uma situação de vida de sofrimento, dentro de um processo fluido, criativo, dinâmico que permite construir possíveis alternativas ao sofrimento. Nesse contexto, faz-se relevante criar espaços de diálogo e dignidade no reconhecimento dos direitos e deveres dos estudantes na diversidade e na diferença como alternativa às práticas patologizantes e medicalizantes. 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1516150 - CRISTINA MASSOT MADEIRA COELHO
Presidente - 3171415 - DANIEL MAGALHAES GOULART
Externa à Instituição - MARIA CRISTINA VENTURA COUTO - UFRJ
Externa ao Programa - 2686011 - SANDRA FERRAZ DE CASTILLO DOURADO FREIRE - null
Notícia cadastrada em: 17/10/2024 17:42
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