MAPAS INVISÍVEIS, CORPOS PRESENTES: CRIANÇAS INDÍGENAS E A (RE)EXISTÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR URBANA
Educação Escolar Indígena; Crianças Indígenas; Educação Intercultural; Epistemologias Indígenas.
A pesquisa investiga o contexto da educação escolar indígena no Distrito Federal (DF), analisando as experiências de crianças indígenas em escolas públicas urbanas a partir da noção de um Território Indígena Educacional Multilocal. O objetivo é compreender como esses estudantes vivenciam o ambiente escolar e como a escola lida com a interculturalidade e os desafios impostos pela colonialidade do saber. A investigação articula contribuições de diversos autores, buscando uma abordagem que valorize epistemologias indígenas e a agência das crianças. Metodologicamente, o estudo adota uma abordagem qualitativa e etnográfica, combinando pesquisa documental, análise bibliográfica, observação participante e entrevistas semiestruturadas com estudantes, professores e gestores escolares. A partir da análise de dados do EducaCenso 2022, identificou-se uma distribuição desigual de estudantes indígenas nas escolas do DF, com maior concentração em certas regiões e uma significativa evasão no Ensino Médio. Diante desse cenário, coloca-se como questão central da pesquisa: de que maneira as escolas urbanas operam como fronteiras epistêmicas nas quais se cruzam, se tensionam ou se silenciam os modos de existência e aprendizagem indígenas, especialmente em contextos marcados pela ausência de currículos interculturais e pela escassa preparação docente para o enfrentamento das desigualdades históricas e epistemológicas?