Ambientes Restauradores no Campus Universitário: um estudo sobre a relação pessoa-ambiente na Universidade de Brasília
Educação ambiental; Estresse; Bem-estar subjetivo; Formação continuada de professores; Ambientes restauradores
O estresse é uma resposta psicofisiológica a um estímulo que demanda recursos pessoais frente a demandas específicas do cotidiano. Em níveis elevados leva ao esgotamento físico e mental, havendo consequências como a diminuição na qualidade de vida e no bem-estar subjetivo dos indivíduos. Esses recursos pessoais necessitam ser reestabelecidos, de modo que seja mantida a percepção de bem-estar subjetivo nos níveis afetivo, cognitivo, comportamental e fisiológico. Isso poderia se dar por meio da apreciação estética de determinados ambientes, especialmente aqueles configurados com elementos naturais. Neste sentido, espera-se que a experiência de conexão com a natureza possa reestabelecer o bem-estar dos sujeitos que autorrelatam altos níveis de estresse e consequentemente interferências em sua qualidade de vida. Esse estudo tem por objetivo propiciar experiências restauradoras de estresse e bem-estar subjetivo para docentes da educação básica em formação continuada na pós-graduação da Universidade de Brasília, utilizando o espaço natural do campus universitário como ambiente restaurador. Para tanto, será utilizado o método misto sequencial exploratório, estruturado em três fases: na primeira será aplicado um survey composto pelas Escalas de Percepção de Estresse – 10 e Subescala 2 de Bem-Estar Subjetivo seguido pelos dados sociodemográficos. Na segunda fase serão desenvolvidas oficinas vivenciais no campus Darcy Ribeiro, espaço utilizado como ambiente restaurador. Na terceira e última fase será reaplicado o survey para os participantes que concluírem a segunda fase, a fim de verificar se houve mudança significativa quanto às variáveis estresse e qualidade de vida. Espera-se contribuir para a restauração do bem-estar subjetivo e para a redução dos níveis de estresse, favorecendo o percurso acadêmico dos participantes, assim como sua atuação profissional. Por fim, espera-se ressaltar o potencial do campus universitário como ambiente restaurador e fomentar o uso dos espaços ao ar livre pelos frequentadores do campus, sobretudo os estudantes universitários, sejam da graduação ou da pós-graduação.