Educar para a autonomia: Vivências de liberdade na infância – uma abordagem histórico-cultural
Adultocentrismo; autorregulação; desenvolvimento da criança; liberdade; vivência.
A criança, enquanto ser humano social, é capaz de tomar consciência sobre o mundo de forma dialógica e colaborativa com os adultos. Entretanto, dado que vivemos em uma sociedade adultocêntrica, que regula os seres humanos em prol de seu controle, e que as crianças são cada vez mais apartadas dos convívios sociais mais amplos, a nossa tese é a autorregulação enquanto liberdade só pode ser vivenciada por meio de acordos sociais e relacionais em ambientes educativos voltados para esse fim. Desse modo, o objetivo do trabalho é, sob a égide da Teoria Histórico-Cultural de Lev Semionovich Vigotski, encontrar o prisma que refrata a influência do meio (ambientes organizados intencionalmente para a emancipação e a autonomia) sobre a criança (como ela se relaciona afetivamente e atribui sentido – toma consciência (autorregulação) – às regras sociais e aos graus de liberdade. Para tanto, observaremos as crianças em espaços educativos em que haja a intencionalidade de educar para a autonomia e a emancipação. O caminho da investigação será o método pedológico, a análise clínica dos dados e a utilização da palavra como ferramenta metodológica.